Crédito Agrícola. Lucro cai 22,3% para 33,8 milhões no 1.º trimestre

Instituição financeira aprovou moratórias num valor total de 2.088 milhões de euros, dos quais 1.981 milhões de euros respeitam à moratória legal.

O grupo Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido consolidado de 33,8 milhões de euros nos três primeiros anos do ano, o que representa menos 22,3% face ao mesmo período em 2019 e para o qual o negócio bancário contribuiu com 29,3 milhões de euros, ou seja -20,0% face ao período homólogo.  

No negócio bancário, a carteira de crédito bruto a clientes ascendia a 10,6 mil milhões de euros, um aumento de 6% nos últimos 12 meses, superando a evolução homóloga positiva de 1,1% registada pelo conjunto das instituições financeiras em Portugal com referência a março de 2020. "Facto que terá contribuído para o reforço da quota de mercado de crédito do grupo Crédito Agrícola (5,7%), uma tendência que se tem vindo a verificar nos últimos 6 anos", revela, em comunicado.

"O grupo tem vindo a dar continuidade a uma gestão prudente, refletida em imparidades de crédito acumuladas a março de 2020 de 395 milhões de euros, valor que confere um nível de cobertura de NPL (Non Performing Loans) por imparidades de 42,4% e uma cobertura de NPL por imparidades e colaterais de 132,0%. Em termos de qualidade da carteira de crédito do grupo Crédito Agrícola, o rácio bruto de NPL situava-se nos 9% em março de 2020.

É ainda de assinalar que o Grupo Crédito Agrícola apresenta um nível de solvabilidade consubstanciado pelo rácio common equity tier 1 (CET1) de 16,9%, valor superior aos níveis mínimos recomendados, de acordo com as regras CRD IV/CRR a que se encontra sujeito, e com referência ao período em análise.

A rentabilidade alcançada pelo grupo Crédito Agrícola a março de 2020, corresponde a um ROE de 7,5%, refletindo assim os resultados alcançados nas diferentes componentes do Grupo (Caixas Agrícolas, Caixa Central, companhias de seguros vida e não vida e gestão de ativos e fundos de investimento), sendo de assinalar os contributos positivos de 2,4 milhões de euros da CA Vida e de 2,2 milhões de euros da CA Seguros.

No âmbito da atual pandemia Covid_19, e com referência a 14 de maio de 2020, o Crédito Agrícola dá nota que aprovou moratórias num valor total de 2.088 milhões de euros, dos quais 1.981 milhões de euros respeitam à moratória legal.

O grupo Crédito Agrícola mantém 602 agências abertas ao público, tratando-se da maior rede bancária nacional em actividade. De acordo com plano de contingência orientado para a prevenção e mitigação dos riscos associados à propagação do novo vírus COVID-19, em complementaridade aos seus Planos de Continuidade do Negócio (PCN), o Grupo está permanentemente a reavaliar a abertura das restantes 40 agências (6%), cuja zona de influência se encontra coberta por serviços bancários alternativos.