Falência do BES. Rio fala em “maior crime de colarinho banco”

Presidente do PSD fez dura intervenção sobre o Novo Banco (que surgiu da separação do BES de banco bom e banco mau) sobre a fatura de impostos que os portugueses têm de pagar, “sem que a justiça tenha punido quem quer que seja naquele que é o maior crime de colarinho branco em Portugal”. E fez…

O presidente do PSD começou a sua intervenção a falar do Novo Banco e não foi parco nas palavras:“Neste momento a fatura de impostos apresentada pelos portugueses para o Novo Banco está nos 7 mil milhões de euros, sem que a justiça tenha punido quem quer que seja naquele que é o maior crime de colarinho branco em Portugal”, atirou Rui Rio no debate quinzenal no Parlamento esta quarta-feira.

Rui Rio deixou ainda um desafio ao primeiro-ministro se será possível ao Parlamento ter acesso às imparidades do Novo Banco, depois de ter questionado se "há ou não há créditos do Novo Banco vendidos ao desbarato? Há ou não calotes?", as chamadas imparidades.

Na resposta, o primeiro-ministro lembrou que "só 32 por cento do capital resultam do empréstimo do estado". Mas concorda que a solução "é uma muito má situação". Porém, foi a opção possível depois do processo criado em 2014 com a separação do BES ( em banco mau e banco bom) e que a venda do Novo Banco foi o melhor cenário possível ( até porque só existia um interessado). E para tirar dúvidas do processo, o melhor seria perguntar ao anterior Governo, leia-se a Passos Coelho.

Costa ainda foi desafiado para dizer se é possível que o Parlamento tenha acesso às imparidades do Novo Banco. O primeiro-ministro respondeu que o Novo Banco é privado e quem verifica essas imparidades é o Banco Central Europeu.

"Esperemos ter todos muita saúde para confirmar que os bancos pagam o empréstimo", desabafou ainda Costa, assegurando, antes, que os empréstimos serão pagos, ainda por um longo período. Rio acrescentou a este propósito: "Quando a galinha tiver dentes".