CGD. Venda no Brasil ainda por definir

A venda das operações da CGD em Espanha, África do Sul e Brasil foi acordada com a Comissão Europeia em 2017, no âmbito da recapitalização do banco público.

A Caixa Geral de Depósitos vai relançar a venda do banco no Brasil, mas em condições a definir pelo Governo , segundo uma resolução do Conselho de Ministros. 

A operação foi adiada por não estarem “reunidas as condições para que qualquer das propostas apresentadas possa ser aceite, não se encontrando suficientemente garantida, à luz do interesse público, a concretização dos objetivos”, revela a resolução. 

O Conselho de Ministros recorda que dois dos três investidores selecionados em dezembro do ano passado para participarem na segunda fase subsequente do processo de alienação das ações apresentaram propostas vinculativas e que, no início de abril, a CGD elaborou um relatório fundamentado de apreciação dos proponentes e das respetivas propostas vinculativas.

Recorde-se que, a segunda fase do processo de alienação do Banco Caixa Geral — Brasil arrancou em 25 de setembro do ano passado, sendo 25 de novembro a data limite para os três investidores escolhidos pelo Governo apresentarem as propostas vinculativas.

Em 22 de novembro passado, um despacho do ministério das Finanças prorrogou por quase um mês, até 16 de dezembro, o prazo limite de entrega das propostas vinculativas, justificando o adiamento com a "manutenção do ambiente competitivo no processo".

A empresa de investimentos brasileira Artesia Gestão de Recursos, o Banco ABC Brasil (detido pelo Arab Banking Corporation, com sede no Bahrein) e o Banco Luso Brasileiro (detido parcialmente pelo grupo Amorim) foram os três investidores selecionados pelo Governo para apresentarem propostas vinculativas de compra do Banco Caixa Geral — Brasil, de acordo com uma resolução publicada em setembro.

Segundo o Governo, a CGD sugeriu a 132 investidores fazerem propostas de compra do banco detido a 100% pela CGD no Brasil, mas recebeu apenas três intenções de aquisição indicativas, sendo sobre estas que o Conselho de Ministros se pronunciou.

A venda das operações da CGD em Espanha, África do Sul e Brasil foi acordada com a Comissão Europeia em 2017, no âmbito da recapitalização do banco público, tendo já sido concretizada este ano a venda das operações espanhola (por 364 milhões de euros ao Abanca) e sul-africana (por cerca de 215 milhões de euros ao Capitec).