Chineses desistem de comprar Ramiro

O projeto dos investidores chineses era manter a atual gerência e todos os trabalhadores da marisqueira e importar o conceito para a China

A crise desencadeada pela pandemia, e particularmente o seu forte impacto no setor da restauração, levou o grupo chinês que tinha apresentado há meses (ainda em 2019) uma proposta de compra da cervejaria e marisqueira Ramiro, na Avenida Almirante Reis, em Lisboa, a desistir da concretização do negócio.

O SOL apurou que os valores da proposta feita aos atuais proprietários da famosa cervejaria lisboeta pelos investidores chineses ascendia ao multimilionário valor de cerca de 65 milhões de euros. O projeto dos investidores chineses era manter a atual gerência e todos os trabalhadores da marisqueira e importar o conceito para a China, exportando-o depois para todo o mundo.

Antes da crise pandémica, o Ramiro, que ocupa três andares de vários prédios da Av. Almirante Reis, chegava a faturar cerca de 100 mil euros por dia e tinha diariamente filas de dezenas de clientes, principalmente turistas, que aguardavam horas por uma mesa.

Confrontado pelo SOL, Pedro Gonçalves, gerente e genro do fundador da casa, começou por questionar o interesse público de um negócio entre privados e desmentiu que este tenha chegado a estar em vias de concretizar-se, acrescentando que, se assim fosse, «não seria o atual contexto da pandemia a travá-lo».