Quatro irmãos em quatro países

O SOL acompanha todas as semanas a família Moreira da Cruz, que está separada, fruto da pandemia de covid-19, e não sabe para quando poderá ser marcado o reencontro. Quatro irmãos, a viver em quatro países, contam o seu dia a dia, as restrições que enfrentam e como comunicam entre si.

Como tantas outras famílias portuguesas, os Moreira da Cruz estão a viver uma separação forçada, imposta pela pandemia de covid-19. Mas há uma particularidade: são quatro irmãos em quatro países diferentes e sem data para um reencontro. O SOL vai acompanhar todas as semanas os seus testemunhos.

Dos quatro, só um vive em Portugal. Os outros três estão divididos entre França (Saint-Malo), Itália (Verona) e Reino Unido (Londres). As razões para terem saído do país foram as mais variadas: um empurrado pela crise de 2008, outros simplesmente foram à procura de novas desafios para virarem costas a um país que consideravam ‘demasiado pequeno’. Não se arrependem da escolha, mas agora admitem que Portugal ‘jogou’ pelo seguro e está a conseguir ‘escapar’ de forma mais moderada por esta pandemia.

O SOL quis saber como é que estes quatro irmãos não só comunicam entre si como também enfrentam o desafio em cada um dos países onde vivem atualmente, que são dos mais fustigados pela covid-19. Ao SOL deixam os seus testemunhos: como encaram o dia a dia, as restrições que enfrentam, as penalizações a que são sujeitos se violarem as regras, o que acham das medidas impostas pelos respetivos governos e, acima de tudo, como conseguem matar as saudades entre si.

Graças às novas tecnologias, esta última etapa está mais facilitada. Vale tudo: chamadas por telemóvel, SMS, Skype, WhatsApp e tantas outras aplicações para conseguirem estar a par de tudo o que se passa na família, até porque a data de reencontro continua a ser uma incógnita.

Outro desafio é a língua: os mais pequenos não falam todos os dias o português e, entre primos, o contacto através das novas tecnologias poderá ser mais difícil no início. Uma barreira que rapidamente fica ultrapassada com o passar dos minutos.

Depois há o contacto com os pais, que estão em Portugal. Novamente com o recurso às novas tecnologias a distância é rápida e facilmente ultrapassada, apesar de cada um continuar a ansiar pelo dia em que finalmente poderão estar todos juntos fisicamente.

Do lado dos pais, como é natural, as preocupações são muitas, mas uma conversa ou uma gargalha dos filhos ou netos através de um ecrã de telemóvel permite dar alguma tranquilidade, nem que seja até à próxima chamada. Uma espécie de lufada de ar fresco em tempos de crise.

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