Opinião: EUA: os ANTIFAS são criminosos como o polícia que matou George Floyd

O pior serviço que se pode fazer à causa da luta contra o racismo e contra discriminações arbitrárias é cometer a desonestidade intelectual de culpar o Presidente Trump por qualquer tensão racial que se viva hoje nos EUA.

Nenhum país – tal como nenhuma pessoa ou organização – foge à sua história.

Nenhum país consegue começar um novo presente rumo a um novo futuro, esquecendo o passado. Esquecendo o seu “futuro antigo” – isto é, aquilo que já se viveu e que alimentou uma certa frustração quanto a futuros nunca concretizados.

Convém não esquecer que as mudanças civilizacionais – por muito meritórias e moralmente certeiras que possam ser – implicam custos que alguém terá que pagar. Alguém tem que pagar.

Alguém paga inevitavelmente.

Nas lutas civilizacionais, há sempre vencedores e vencidos – mesmo quando, em termos abstratos, todos, a comunidade, ganham.

Foquemo-nos no caso dos EUA e dos protestos que estão ocorrendo na sequência da morte de George Floyd. As tensões raciais que se vivem no país não são uma originalidade de hoje, nem uma reação à atual Administração, como querem fazer crer os jornalistas e comentadores do costume cá no burgo – infelizmente, têm sido uma sombra permanente na construção da grande Nação Americana, praticamente desde o término da Guerra Civil (1861-1865).

Como sabemos, o lado certo da História venceu tal conflito bélico que opôs irmãos contra irmãos – mas mesmo o bem quando triunfa paga sempre um preço.

A História não se compadece com utopias, idealismos miríficos ou histórias de encantar – no mundo real, no mundo constituído por mulheres e homens de “carne e osso”, enquanto realidades “existencialmente existentes”, para alguém ganhar, alguém terá sempre de perder.

Resta apenas saber o prazo de vencimento da obrigação imposta pela História e a respectiva liquidez. E não há evento histórico mais oneroso que uma guerra civil: os EUA sabem-no à exaustão.

Como nós, portugueses, à nossa dimensão e com as nossas peculiaridades, sabemo-lo: a guerra civil que, no nosso país, opôs liberais a legitimistas ainda continua presente entre nós.

Evoque-se aqui que o salazarismo é, ele próprio, produto desta tensão mal resolvida no século XIX e que se projetou em pleno século XX: o que era o regime instituído por António de Oliveira Salazar senão o recrudescimento do absolutismo régio, pré-liberal, com um século de atraso e sob vestes pseudo-republicanas – a “realeza de sangue “ havia sido substituída pela “realeza académica catedrática”?

Isto já para não mencionar a nossa atávica aversão à liberdade individual, a nossa atitude, quase inconsciente, de aderirmos cegamente a todos os projetos de paternalismo estatal, do medo da sociedade civil de se mobilizar politicamente e de, ainda hoje, continuarmos a ser o país do “respeitinho”, com as classes baixa e média a assumirem e a renderem-se a um fatalismo sociológico reprodutor de desigualdades sociais e de castas de poder incompetentes.

Nos EUA, o preço da guerra civil não tem sido fácil de ser pago na íntegra.

Escrevemos acima que mesmo quando ocorrem as chamadas (com propriedade)” guerras justas”, em que vence o lado certo da História, há sempre um “futuro antigo”, futuro (ou melhor: futuros) nunca concretizados.

Frustrados: o ressentimento das famílias do sul confederado, cujas vidas (e dos seus antepassados) foram prejudicadas, que foram ouvindo histórias de “roubo”, de atentados contra o seu património “legitimamente adquirido no passado”, que um dia vingar-se-iam, traduziram-se em tensões de índole racial, tornando-se os cidadãos afro-americanos o símbolo da “decadência familiar”.

Do presente familiar de ansiedade face ao passado familiar de prosperidade (ainda que só contada ou anunciada). Tudo isto que acabámos de expor parece-nos chocante: contudo, trata-se apenas da necessária frieza analítica.

 É um erro achar-se que décadas, séculos de história se apagam apenas com uma vitória (ou derrota) militar ou política: com o desfecho da Guerra Civil norte-americana, os esclavagistas não deixaram de ser anti-esclavagistas – assim como os defensores da “confederação” não passaram automaticamente a ser entusiastas “federalistas”.

O passado tem peso; e a História tem preço.

 Resta-nos, com humildade e ponderação, tentar acelerar, tanto quanto possível, a evolução do curso dos eventos, tendo sempre como objetivo derradeiro a construção de uma sociedade melhor, porque mais justa.

Sabemos que a nossa aspiração é uma sociedade livre de discriminações, em que o princípio da igualdade seja mais plenamente realizado: no entanto, o caminho para o conseguir tem sido – e será – longo, com avanços e recuos, em permanente dialética entre ideias, construções teóricas e factos.

O pior serviço que se pode fazer à causa da luta contra o racismo e contra discriminações arbitrárias é cometer a desonestidade intelectual de culpar o Presidente Trump por qualquer tensão racial que se viva hoje nos EUA.

Ou será que os nossos jornalistas justicialistas, os nossos comentadores que sabem sempre tudo sobre os EUA e a realidade norte-americana (apesar de só lerem o Público, o DN e ouvirem o Costa Ribas na SIC), já se esqueceram dos confrontos em Ferguson, Missouri, sempre com tensões raciais como pano de fundo, em 2015? Confrontos ocorridos num tempo em que o Presidente dos EUA se chamava…Barack Obama?

Sim, é verdade: o “Deus” Obama reprimiu violência nas ruas, também se insurgiu contra o caos…e à boa maneira obamiana, atuando e recuando, agravando mais o problema.

Na altura, alguém ouviu os jornalistas sabichões apelidarem Obama de racista? O Costa Ribas indignou-se? Não…na altura, as manifestações não eram assim tão boas, a violência era má – e as tensões raciais só aconteciam, apesar de Obama!

 Hoje, as manifestações são excelentes, ocorrem por todo o mundo, a violência é justificável – e tudo se deve ao Presidente Trump! A culpa é de Trump! Só pode ser de Trump!

Na verdade, entre os protestos ocorridos no Missouri, em 2015, e os que ocorrem hoje no Minnesota, há uma diferença – é que os de 2015 eram, de facto, sobre justiça racial.

Os de hoje, não passam de puro aproveitamento político de um homicídio lamentável e que merece (e vai ser!) exemplarmente punido (como o Departamento de Justiça dos EUA, liderado por William Bar, já fez saber…).

E a prova de que se trata de puro aproveitamento político é o facto de até na Nova Zelândia se protestar contra um episódio ocorrido num estado norte-americano, sendo fruto da história e da vivência social norte-americana! E de os Hamas ligar o assassinato  de Floyd à…”ocupação israelita”! (não, infelizmente, não é uma piada de mau gosto…aconteceu mesmo…).

 O Presidente dos EUA, Donald Trump, esteve exemplar na reação: a melhor forma de homenagear a memória de George Floyd é promover a atuação eficaz dos mecanismos e instrumentos do Estado de Direito e da primazia da Lei (“rule of law”) – e ser absolutamente implacável com a violência da ANTIFA.

É que o anti-fascismo é como a generosidade: aqueles que falam muito sobre a generosidade tendem a ser as pessoas menos generosas de todas. Também aqueles que passam a vida a encher a boca com o anti-fascismo (e a acusar os outros de serem fascistas!) costumam ser os maiores fascistas de todos!

 A violência fascizante dos ANTIFAS tem que ser controlada e  punida nos termos da lei – o Estado de Direito não pode estar à mercê de conveniências políticas.

Estes ANTIFAS são os mesmos que, nos últimos anos, andaram a partir vidros, a agredir estudantes em universidades, a boicotar, com recurso à violência, iniciativas de discussão académica, que perseguem professores, advogados, políticos por todo o território norte-americano, que publicam vídeos apelando à decapitação do Presidente Trump e de membros da Administração dos EUA (tipo Estado Islâmico!), que enviam envelopes suspeitos para a residência familiar de adversários políticos…

Tudo com o aplauso dos democratas (que um dia serão vítimas da criatura monstruosa que estão criando – estes ANTIFAS não vão parar na sua escalada de violência…). Nós temos um amigo, Professor Universitário numa das melhores universidades norte-americanas, que viu a sua vida destruída porque um ANTIFA discordou das suas posições teóricas sobre geopolítica, tendo identificado o local de trabalho da sua esposa, perseguindo-a e ameaçando-a de morte…

Os ANTIFAS, em suma, estão ao mesmo nível moral, ético e jurídico que o polícia do Minnesota que assassinou George Floyd – os ANTIFAS só ainda não assassinaram alguém porque não conseguiram…

São terroristas, são financiados por terroristas, têm relações, no plano internacional, com entidades terroristas (como o Hamas e o Hezbollah) – logo, devem ser tratados como terroristas.

O Presidente Trump mostrou, mais uma vez, ser o político mais corajoso à escala global – declarar o ANTIFA como organização terrorista não é politicamente incorreto; é apenas correto.

Já agora, há que ir mais longe: que se investigue sem medo e se divulgue ao público quem e como financia estes fofinhos do ANTIFA…O povo – americano e não só, dadas as ramificações internacionais…- merece saber! 

É que estes “ativistas sociais” não vivem do amor à camisola…só mesmo do amor aquilo que lhes permite comprar as camisolas…

Jlesol.naosoopiniao@gmail.com