CP. Pedro Nuno Santos admite auxílio do Estado seguindo o exemplo da TAP

Ministro sublinha “importância” da empresa para o país. “Não vamos deixar a CP mal”, garante.

O ministro das Infraestruturas garantiu que a CP vai ter auxílio de Estado, defendendo que seria “inaudito” que o país fizesse um esforço “brutal” para a ajudar a TAP e não fizesse o mesmo com a transportadora ferroviária.

Pedro Nuno Santos admitiu que a CP poderá receber um empréstimo de urgência do Estado para resolver problemas de liquidez, numa altura em que a empresa tem vindo a registar perdas na ordem dos 20 milhões de euros por mês.

O ministro Pedro Nuno Santos que, ontem, cumpriu uma viagem de comboio na linha do Douro (entre o Porto e a Régua), sublinhou que o serviço que a CP presta aos portugueses “é da máxima importância” e “crítico” para o futuro e para o desenvolvimento do país.

Questionado pelos jornalistas, o governante escusou-se, para já, a adiantar de que forma é que essa ajuda acontecerá. “A solução em concreto, nós estamos a trabalhar nela, o que estou a dizer é que obviamente nós não vamos deixar a CP mal. A CP está a perder 20 milhões de euros por mês e, portanto, é uma empresa que precisa de auxílio de Estado, e esse auxílio de Estado vai acontecer”, afirmou.

O empréstimo, porém, parece ser a solução colocada, neste momento, em cima da mesa: “Nós teremos de resolver isso. Seja qualquer for a forma, a CP vai ficar com contrato de serviço público e com o seu balanço equilibrado. Portanto, vamos esperar algum tempo, conhecerão a solução concreta no momento certo, mesmo que no curto prazo nós precisemos de recorrer a uma solução de empréstimo”.

Entretanto, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, assegurou que as três ligações que a CP tinha suprimido na linha de Beira Alta – duas no sentido Lisboa-Guarda e uma no sentido Guarda-Lisboa – vão ser retomadas “muito em breve”. Recorde-se que a decisão da transportadora ferroviária tinha gerado muitas críticas de vários autarcas da região Centro.