Corpo de Maria Velho da Costa ficou 11 dias na morgue

Familiares indignados.

O corpo da escritora Maria Velho da Costa, que faleceu a 23 de maio, esteve onze dias no Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), em Lisboa. E a questão que mais indigna os familiares é o facto de não terem sido contactados nem pelo instituto – que disse que os contactava – nem pelo Ministério Público (MP) para avançar com o funeral.

O filho, João Sedas Nunes, explicou ao SOL que o corpo foi levado para o INMLCF a 24 de maio, para a realização da autópsia, mas só na passada quarta-feira, 3 de junho, teve acesso a informações, depois de muitos dias de espera.

“Pensei que com a covid-19, o processo demorasse mais tempo. E só no início desta semana comecei a fazer diligências. Mas só à terceira tentativa tive feedback. Disseram-me que desde 26 de maio o corpo estava pronto para a realização do funeral. Mas a 3 de junho, a informação que me chegou foi outra, o que torna isto ainda mais escabroso. É que o MP terá dispensado a realização da autópsia. Se aconteceu é espantoso. O que têm de fazer é contactar de imediato a família assim que concluírem as diligências”, admitiu.

Contactado pelo SOL, o INMLCF confirmou que a autópsia foi dispensada e que não recebeu qualquer contacto de familiares para o levantamento do corpo até ao dia 3 de junho. O funeral de Maria Velho da Costa realiza-se este domingo.