70 anos. A final infinita…

Entre 10 e 18 de junho de 1950, jogou-se em Lisboa a Taça Latina. O Benfica bateu a Lazio e o Bordéus e conseguiu a primeira grande vitória internacional do futebol português.

Em 1950 havia duas grandes competições no futebol europeu. A Taça Latina, que envolvia os campeões da França, da Espanha, de Portugal e da Itália, e a Copa Mitropa que punha em confronto os campeões dos países do centro da Europa. Os ingleses, embebidos da sua soberba de se acharem superiores, recusavam-se a jogar contra adversários menores.

Logo na primeira edição da Taça Latina, o Sporting atingiu a final, perdendo para o Barcelona. Era o grande Sporting dos Cinco_Violinos e, pela primeira vez, uma equipa portuguesa esteva à beira de um grande triunfo internacional. A honra caberia ao Benfica, no ano seguinte. A Taça Latina teve lugar em Lisboa – todos os jogos no Estádio Nacional – com a presença da Lazio (Itália), Bordéus (França) e Atlético de Madrid (Espanha), para além dos encarnados. As meias-finais opuseram o Bordéus e o Atlético de Madrid, que trazia consigo a grande estrela negra, Larbi Ben Barek, natural de Casablanca,_Marrocos. Isso não evitou a derrota por 2-4.  O Benfica, por seu lado, bateu os romanos por 3-0, com golos de Rosário, Rogério Pipi e Arsénio.

A final estava marcada para o dia 11 de junho. Quando_Arsénio fez 1-0 logo aos 3 minutos, os encarnados, eufóricos, não imaginavam sequer o que ainda teriam de penar. Corona fez 2-0 (17m), mas André Doye respondeu de pronto (21m). Aos 36 minutos, o mesmo Doye empata a partida e René Persillon, aos 43, leva o Bordéus em vantagem para o intervalo. Pascoal faz o 3-3 dez minutos após o recomeço e a luta, palmo a palmo, manter-se-á sem golos até final dos 90 com mais 30 de prolongamento.

Leia o artigo na íntegra na edição impressa do SOL. Agora também pode receber o jornal em casa ou subscrever a nossa assinatura digital.