Apenas um terço das crianças regressaram ao pré-escolar após reabertura

Dados foram divulgados pela Fenprof, que vê na não-realização de um rastreio à covid-19 dos funcionários e na dificuldade no cumprimento das oreientações da DGS as principais razões para mais pais não colocarem as crianças nos jardins de infância.

Um levantamento de dados da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) revela que apenas 30,6% das crianças da educação pré-escolar regressou ao jardim de infância.

"O Ministério da Educação facilitou e sete em cada 10 crianças não regressaram", adianta a estrutura sindical num comunicado, onde apresenta os dados da primeira semana de funcionamento dos jardins de infância.

Para a Fenprof, o resultado significa que "quase 70% continua em casa ou os pais encontraram alternativa ao jardim de infância".

Os dados forma apurados com base em informações relativas a 579 jardins de infância, contando-se neste número 91 agrupamentos completos, que totalizam 358 do total de jardins de infância considerados neste levantamento, de acordo com os dados apresentados.

"Do total de jardins de infância contabilizados, há 43 que são do setor privado, o que significa que, relativamente à rede pública do Ministério da Educação, a Fenprof obteve informação de cerca de 60% dos estabelecimentos de educação pré-escolar, que, sendo uma percentagem elevadíssima, permite perceber, com rigor, a situação nesta rede pública. Pela amostra obtida no privado, a situação é semelhante", lê-se ainda no comunicado.

Segundo a Fenprof, a decisão dos pais de não colocarem as crianças nos estabelecimentos depois da sua reabertura prende-se essencialmente três razões: "A não realização de um rastreio à covid-19", "a não previsão da divisão dos grupos de crianças" e "a dificuldade em garantir o cumprimento de orientações que, no caso da educação pré-escolar, seriam impraticáveis, exceto se, às crianças, fossem impostas normas de comportamento contrárias à sua natureza".