Pandemia está a melhorar na Europa mas a piorar no resto do mundo

Existem quase sete milhões de pessoas infetadas e quase 400 mil óbitos relacionados com o novo coronavírus, que surgiu em Wuhan.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) admitiu, esta segunda-feira, que a pandemia da covid-19 está a melhorar na Europa, mas por outro lado, está a agravar-se no resto resto mundo. A afirmação é do diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, que admitiu que o contágio do novo coronavírus “está a melhorar na Europa, mas globalmente está a piorar”, na conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia.

Existem quase sete milhões de pessoas infetadas e quase 400 mil óbitos relacionados com o novo vírus, que surgiu na cidade chinesa de Wuhan. Segundo o balanço feito pelo diretor geral da organização mundial, em nove dos últimos 10 dias, foram confirmados mais de 100 mil novos casos diário, com o número mais alto de novas infeções — 136 mil — atingido no domingo. 

Na Europa foram registados "sinais positivos", no entanto o diretor geral da OMS sublinha que a maior ameaça para o continente europeu é a "complacência” e é necessária “vigilância ativa em encontros com grande número de pessoas”, dando o exemplo das manifestações recentes que ocorreram contra o racismo e a violencia policial em vários países, como em Portugal. Apesar da OMS assumir ser contra todo o tipo de racismo, recomendou que em qualquer manifestação se “proteste de forma segura”, sempre com um metro de distância e usando máscara facial.

Cerca de três quartos dos novos casos concentram-se em dez países, “principalmente na América e no sul da Ásia”, aponta Tedros. No continente africano, apesar de continuarem a existir menos de 100 mil casos diários, a cada dia que passa o número aumenta e são registados novos casos em regiões onde não existiam casos. O diretor executivo do programa de emergências sanitárias da organização, Michael Ryan, afirmou que não se pode falar em “aceleração em massa” do contágio em África, mas que a qualquer altura o número de casos "pode explodir”. 

Tedros Ghebreyesus falou ainda sobre os testes serológicos e que estes já estão a ser feitos em alguns países e que de acordo com as conclusões do estudo o nível de imunidade de grupo ainda é baixo e a maioria da população ainda é suscetível ao contágio. "Não tirem o pé do acelerador” nas medidas de combate ao vírus, apelou Tedros.