Suspeito alemão recusa falar sobre o caso Maddie

As polícias do Reino Unido e Alemanha emitiram na semana passada um apelo público a pedir informação sobre o suspeito, que viveu em Portugal entre 1995 e 2007

O novo suspeito alemão no desaparecimento de Madeleine McCann há 13 anos, em Portugal, recusou dar informações sobre o caso, disse um dos seus advogados.

“Christian B. não está a dar qualquer informação sobre este caso neste momento e pedimos-lhe que compreenda que nós, como seus defensores, também não estamos a dar nenhuma”, disse Friedrich Fülscher ao canal alemão n-tv de notícias 24 horas.

A polícia alemã anunciou na quarta-feira passada que estava a investigar um novo suspeito, Christian B., que se encontra  detido na Alemanha, por abuso sexual de menores, entre outros crimes. O suspeito viveu no Algarve entre 1996 e 2007, ano em que a criança desapareceu na Praia da Luz.

Caso Maddie. MP relaciona processos do suspeito alemão

A Procuradoria da República da Comarca de Faro avançou ontem que o Ministério Público está a fazer um levantamento dos processos que envolvem o suspeito alemão no desaparecimento de Madeleine McCann. O objetivo será cruzar informações existentes em processos registados na região. 

Segundo a informação avançada na página da Comarca de Faro, e de acordo com os elementos apurados até ao momento, o Ministério Público conseguiu apurar que o suspeito alemão foi condenado por desobediência e por furto. 

“Foram, igualmente, localizados cinco pedidos de cooperação judiciária internacional em que o nome é mencionado”. Um desses pedidos foi arquivado em fevereiro de 2006 e os restantes quatro pedidos referem-se “ao processo em que se investiga o desaparecimento de Madeleine McCann”, lê-se na nota de esclarecimento ontem publicada. 

O suspeito de 43 anos encontra-se a cumprir pena de prisão preventiva na Alemanha, tendo as autoridades alemãs e britânicas feito um apelo público no início do mês de junho para encontrar mais pistas sobre o caso. 

A criança desapareceu em 2007 e o processo foi arquivado pelas autoridades portuguesas no ano seguinte. Segundo a nota da Comarca de Faro, o Ministério Público, em 2013, pediu “a reabertura do mesmo, por terem surgido novos elementos que justificavam o prosseguimento da investigação”. 

“O inquérito é dirigido pelo Ministério Público da secção de Portimão do DIAP de Faro com a coadjuvação da Polícia Judiciária. A investigação tem sido desenvolvida em estreita cooperação com as autoridades judiciárias alemãs e inglesas”, adiantou a mesma nota, que acrescenta que, depois da reabertura do processo, não foram constituídos arguidos “prosseguindo as investigações com a realização de diligências que se revistam de utilidade ao apuramento dos factos e à identificação e responsabilização dos respetivos autores”.