Portugueses podem ‘divertir-se’ mas não devem ‘facilitar’

“Pretende-se que as pessoas desfrutem do gradual processo de desconfinamento, desta nossa nova normalidade, mas que desfrutem em segurança”, afirmou Graça Freitas.

Portugueses podem ‘divertir-se’ mas não devem ‘facilitar’

A diretora-geral da Saúde aproveitou a conferência de imprensa, esta sexta-feira, para fazer um novo esclarecimento sobre as comemorações dos Santos Populares, depois da polémica com as suas declarações de ontem-

“Realço que não é permitida a realização de celebrações, eventos e festividades que originem à aglomeração de pessoas em número superior a 10, estando previstas medidas de fiscalização efetivas", começou por dizer Graça Freitas.

 “Para que não reste nenhum equívoco, nós temos estado aqui exatamente para acompanhar as pessoas que estão em Portugal a perceber esta epidemia e a perceber as suas consequências, mas também aquilo que podemos fazer. Assim, para assinalar os Santos Populares, concretamente o Santo António em Lisboa, devem ser reforçadas as seguintes questões: as regras de ocupação, permanência, distanciamento físico e higiene relativas aos estabelecimentos de prestação de serviços, de comércio, retalho e de restauração", afirmou. 

“Neste período especial, pretende-se que as pessoas desfrutem do gradual processo de desconfinamento, desta nossa nova normalidade, mas que desfrutem em segurança, salvaguardando a sua saúde, bem como a saúde de todos, cumprindo as regras estabelecidas, divertindo-se, mas não facilitando", sublinhou ainda.

As declarações da secretária de Estado Adjunta e da Saúde, também presente no briefing de hoje, foram no mesmo sentido, ao lembrar que os portugueses têm de se adaptar "às exigências do tempo de exceção".

“Infelizmente, a avaliação que fizemos, determinou que não fosse possível e não fosse permitido os tradicionais arraiais nos Santos Populares. Nesse sentido, reiteramos, aliás como a Doutora Graça Freitas o fez ontem, as medidas ao nível autárquico que estão a ser tomadas para que esta decisão seja respeitada, salvaguardando a segurança de todos", afirmou.

“Podemos sempre comer um belo e cobiçado prato de sardinhas", acrescentou Jamila Madeira.