A ambição do reforço europeu com desafios existenciais

Palácio de Belém e São Bento fizeram o balanço dos 35 anos de adesão de Portugal à CEE numa altura de crises sanitária, económica e social.

Completaram-se ontem 35 anos da assinatura do tratado de adesão à Comunidade Económica Europeia (hoje, União Europeia), de Portugal. A data foi assinalada tanto pelo primeiro-ministro, António Costa, como pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. 

A mensagem em Belém foi clara:«O Presidente da República recorda hoje esse dia, num período em que a União Europeia se acha confrontada com desafios difíceis, quase existenciais, na resposta aos quais Portugal tem também um papel crucial a desempenhar».  De facto, as próximas semanas e meses serão decisivos para avaliar a capacidade de resposta conjunta europeia aos efeitos da pandemia da covid-19, sendo que não se antevê uma tarefa fácil.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, fica, contudo, o balanço destes 35 anos:«Foram 35 anos de grande desenvolvimento do nosso País, mas também de crises e dificuldades várias, a última das quais a atual pandemia, crises e dificuldades essas que soubemos ultrapassar, e ultrapassaremos, graças ao esforço e à capacidade de realização do Povo Português».
Do lado do Governo, o primeiro-ministro, António Costa, preferiu reiterar o compromisso do país com o projeto europeu e a «ambição» de o tornar mais forte. «No 35.º aniversário da assinatura do Tratado de Adesão de Portugal à CEE, renovamos o nosso compromisso com esta Comunidade de valores e de prosperidade partilhada, e reforçamos a nossa ambição de continuar a construir uma Europa mais forte, mais unida e mais coesa», escreve António Costa na rede social twitter.

Há 35 anos, o tratado de adesão foi assinado nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, tendo Portugal oficializado a adesão a 1 de janeiro de 1986, como o décimo primeiro estado europeu a aderir ao projeto.