“Mário Centeno cometeu algum crime?”. Costa ataca proposta de lei para travar nomeação para o Banco de Portugal

O primeiro-ministro insistiu que ex-ministro tem “todas as condições” para ser governador do Banco de Portugal e que não merece ser “ perseguido” porque não cometeu qualquer crime.

“Mário Centeno cometeu algum crime?”. Costa ataca proposta de lei para travar nomeação para o Banco de Portugal

O primeiro-ministro reconhece, em declarações aos jornalistas após a tomada de posse da nova equipa das Finanças, que Mário Centeno é uma hipótese para o Banco de Portugal. “Tem todas as condições do ponto de vista pessoal e profissional” para o cargo, afirmou António Costa aos jornalistas. E recordou que o próprio atual governador do Banco de Portugal “já o admitiu”.

António Costa avisou também que a lei anti-Centeno, que está no Parlamento, é “inaceitável” é que o ministro das finanças cessante “não cometeu nenhum crime”. Em causa está uma proposta do PAN para criar um período de nojo de cinco anos para os políticos na passagem para reguladores.

Questionado sobre a posição do PSD nesta matéria, Costa lembrou que não tem Rui Rio, líder do PSD, como uma pessoa de visão mesquinha.

O primeiro-ministro insistiu que Mário Centeno tem “todas as condições” para ser governador do Banco de Portugal e que não merece ser “ perseguido” porque não cometeu qualquer crime.

Está aberto o caminho para Mário Centeno poder vir a ser governador do Banco de Portugal.

O primeiro-ministro foi, de facto, muito duro contra a legislação que está no Parlamento, contestando “leis ad hominem para perseguir pessoas “e que é incompatível com o estado de direito democrático”. Mais, Costa insistiu noutra ideia, sempre que foi questionado sobre o futuro de Centeno: “Mário Centeno cometeu algum crime?”.

O primeiro-ministro ainda foi questionado sobre a situação da COVID-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo. “Estaria preocupado se não estivesse consciente que é resultado do esforço pró-ativo das autoridades para isolar as pessoas que estão doentes”. E que o trabalho feito “permitiu” ter um maior controlo da situação.