Crédito ao consumo. Banca deu 6,6 milhões por dia em abril

Valor concedido representa uma queda de 64% face a abril de 2019 e trata-se do valor mais baixo desde 2013. 

O montante dos novos créditos ao consumo diminuiu 64% em abril, face ao mesmo mês do ano anterior, para 203 milhões de euros. Os dados foram divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) e indicam que atingiu o volume mais baixo desde a altura que o regulador começou a recolher os dados em 2013. Feitas as contas, dá uma média diária de 6,6 milhões de euros de financiamento por dia. 

O montante concedido em abril também representa uma queda face ao valor disponibilizado em março, mês em que o crédito ao consumo atingiu 551 milhões de euros apesar do país ter entrado em Estado de Emergência.

Já o montante de crédito pessoal para a finalidade de educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos atingiu em abril 955 mil euros, sendo aquele que teve a descida mais expressiva, de 88% face a abril do ano passado, e de 83,9% face a março.

Já outros créditos pessoais sem finalidade específica, lar, consolidado e outras finalidades caiu em abril mais de 60%, face a abril de 2019, totalizando 97,92 milhões de euros.

Nos cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto a queda foi de quase 58%, para 32,970 milhões de euros.

No crédito de automóveis usados a descida foi de 68,1%, para 48 milhões de euros, e no de automóveis novos a queda foi de 74,6% para 12 milhões de euros.

Em número, os novos créditos ao consumo caíram 62,8% para 43446 contratos em abril, com os relativos ao crédito pessoal para finalidade educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos a caírem 96,6% para um total de 75 contratos.

Desde o ano passado, que entraram em vigor as novas recomendações do BdP que têm como objetivo limitar a concessão de crédito por parte das instituições financeiras de forma a que as famílias apenas gastem metade do seu rendimento com empréstimos bancários e também que os bancos não assumam riscos excessivos nos novos créditos, garantindo que os clientes tenham capacidade de pagar as dívidas.