Tráfego aéreo gerido pela NAV Portugal caiu 92% em maio

“Apesar da gradual retoma de algumas ligações aéreas, numa recuperação que se intensificará no que resta de junho e nos meses de Verão, certo é que ainda é difícil antever o regresso à normalidade na evolução do tráfego aéreo”, alerta a empresa.

A NAV Portugal geriu 5.408 voos em maio, uma quebra de 92,1% face ao mesmo mês do ano passado, depois de em abril a queda se ter situado em 94,2%. Tratam-se de números que "confirmam o forte impacto das medidas de contenção da pandemia Covid-19 na aviação civil", referiu a empresa, em comunicado.

"Depois de nos dois primeiros meses do ano o tráfego controlado pela NAV Portugal nas suas regiões de informação de voo ter ficado em linha com os números de 2019, em março, com o gradual avanço de medidas de confinamento e sucessivos encerramentos ou limitações a espaços aéreos, o tráfego caiu 36%. Já em abril e em maio, as quedas mensais superaram os 90%", acrescenta.

Durante os primeiros cinco meses do ano, o tráfego gerido pela NAV Portugal acumula uma queda de 47% face a 2019. Se entre janeiro e maio do ano passado o tráfego totalizou 322,5 mil voos, no mesmo período deste ano o tráfego acumulado encontra-se em 171 mil movimentos.

"Apesar da gradual retoma de algumas ligações aéreas, numa recuperação que se intensificará no que resta de junho e nos meses de Verão, certo é que ainda é difícil antever o regresso à normalidade na evolução do tráfego aéreo. Ainda assim, e apesar de ser evidente que os números do tráfego irão persistir em queda no futuro próximo, estima-se que as quedas não regressem aos valores registados em abril e maio", acrescenta

E dá como exemplo, que na primeira semana de junho os voos geridos pela NAV Portugal na RIV de Lisboa – que engloba Portugal Continental e o Arquipélago da Madeira – subiram para uma média diária de 149, quando nas duas semanas anteriores esta média se situou em 119 e 125, respetivamente.

O total de voos geridos pela NAV, ou “movimentos”, inclui não apenas os voos com origem/destino em aeroportos portugueses, mas também aqueles que sobrevoam o espaço aéreo sob responsabilidade portuguesa – que totaliza mais de 5,8 milhões km2.