“Neste momento estamos com medidas mais relaxadas do que a Suécia”

Proteger grupos de risco é fundamental na fase de desconfinamento, defendeu ao SOL o virologista Pedro Simas.

"É difícil estabelecer regras de retoma da atividade porque a sociedade é complexa e os grupos não são estanques", defendeu ao SOL o virologista Pedro Simas, alertando que o potencial pandémico é maior agora. Nesse sentido, diz, não é expectável que Portugal, em pleno desconfinamento, venha a descer do atual patamar de casos, ainda que não exista agora um crescimento exponencial das infecções como o que se verificou no início da epidemia. "Por um lado precisamos de construir imunidade de grupo, por outro lado tem de se proteger os grupos de risco. Este equilíbrio é muito difícil de atingir e basta ver o que aconteceu na Suécia. Teve um lockdown mais relaxado que os outros países europeus e está a ter imensas dificuldades em proteger os grupos de risco, o vírus chegou aos lares e tem muito mais mortes do que os outros países. Nós neste momento estamos com medidas mais relaxadas que a Suécia", alertou.

Por exemplo o país, que tem liderado o número de novos casos reportados na Europa, anunciou que as visitas a lares estão proibidas até 31 de agosto e emitiu em maio novas recomendações para que as pessoas não façam viagens de mais de duas horas de carro das suas casas, o que segundo o Governo é cumprido por 80% dos suecos.

Sobre o anúncio da final da Champions em Portugal, Simas sublinhou a regra dos 3C: evitar close contacts, close spaces e crowded spaces – contactos próximos, espaços fechados e multidões, o que é válido para todas as organizações. 

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