Ventura leva Maria Vieira à manif e demarca-se de “movimentos subversivos”

Líder do Chega mantém manifestação para mostrar que Portugal não é racista e recusa que movimentos violentos se associem à iniciativa.

André Ventura não desiste da marcação de uma manifestação em Lisboa, no dia 27, para demonstrar que Portugal “não é racista”. Nem mesmo com apelos de Mário Machado, líder da Nova Ordem Social, para que o seus seguidores de extrema-direita participem. Questionado pelo i se fez alguma diligência junto de Mário Machado, Ventura teve resposta pronta: “Não fiz nenhuma diligência especial: disse e reitero que nos demarcamos de todos os movimentos violentos ou subversivos, que não respeitem a democracia”.

Para já, deverá realizar-se hoje uma reunião entre a coordenação da manifestação e o comando metropolitano da PSP para acautelar as condições da iniciativa. Sendo certo que o diretor nacional da PSP, Magina da Silva, enviou um email interno para recordar que as funções policiais impedem os seus elementos de participar em manifestações de cariz político-partidário, segundo avançou o Expresso. Magina da Silva não especificou a manifestação promovida pelo Chega, mas André Ventura já teve, inclusive, elementos das forças de segurança como candidatos.

Em declarações ao i, André Ventura disse aguardar a “decisão de Rui Rio e João Cotrim de Figueiredo para se juntarem” à manifestação. Certa é já a participação de Maria Vieira, atriz que se tem colocado ao lado de André Ventura. “Maria Vieira virá comigo na manifestação”, assegurou o deputado ao i.

Ventura não desarma na intenção de manter a iniciativa até porque haverá concentrações da CGTP, designadamente em Lisboa, e a Fenprof marcou para hoje uma concentração de docentes junto ao Ministério da Educação. Por isso, Ventura pergunta: “Com que legitimidade pedem para o Chega cancelar a manifestação?”, assinalando ainda que haverá uma manifestação contra o Chega no Parlamento na sexta-feira.