Jornais de combate

Felisbela Lopes, uma académica de média, baseada num estudo sobre os jornais e a Covid-19 de Universidade do Minho, chegou a esta conclusão: foi a primeira vez em democracia, com esta pandemia, que os jornalistas orientaram o seu público. E não é verdade. Eu estava na Redacção do Expresso durante o gonçalvismo, quando o jornal…

Felisbela Lopes, uma académica de média, baseada num estudo sobre os jornais e a Covid-19 de Universidade do Minho, chegou a esta conclusão: foi a primeira vez em democracia, com esta pandemia, que os jornalistas orientaram o seu público.

E não é verdade. Eu estava na Redacção do Expresso durante o gonçalvismo, quando o jornal foi claramente de luta, e os jornalistas ali procuraram orientar o público contra a situação. Da mesma forma que no Antigo Regime, antes do 25 de Abril.

Claro que a Dra. Felisbela Lopes pode estar a pensar noutra forma de orientação. Mas para mim são muito parecidas: combater (um Regime Político ou uma Pandemia).

E mesmo agora há outros jornais e jornalistas de combate ou defesa de uma causa – política e não só. A não ser que a académica se refira a todos os jornalistas à uma. E aí duvido que tenha de qualquer forma razão.