O racismo como pretexto

Os polícias norte-americanos têm provado, desde há muito tempo, que não olham para a côr da pele de quem lhes faz frente, tendo, no seu triste currículo, uma série interminável de mortos de todas as raças, pela simples razão de estes terem desobedecido e resistido aos seus intentos.

O parlamento português aprovou um voto de pesar pelo que designaram como homicídio de George Floyd, solidarizando-se, dessa forma, com os supostos protestos contra o racismo que, um pouco por todo o mundo, se têm caracterizado por manifestações que, em muitos casos, têm resvalado para actos de violência gratuita, nomeadamente com a pilhagem de estabelecimentos comerciais e a vandalização de monumentos públicos.

Estes protestos partem de duas premissas erradas, mas que a propaganda ao serviço do socialismo internacionalista tem conseguido fazer passar como verdades.

Em primeiro lugar, a morte de George Floyd não resultou de uma intervenção policial de teor racista, mas sim, e apenas, de um indesculpável e desproporcionado excesso de violência policial, em que o agente de autoridade não avaliou correctamente o uso da força a que recorreu.

As Polícias norte-americanas são, por demais, conhecidas pela desproporção de meios empregues pelos seus agentes, sobretudo quando se vêem confrontados com acções de resistência à autoridade em situações de maior isolamento.

Os polícias, que obedecem a corporações municipalizadas e chefiadas por representantes escolhidos pelo poder político, não são devidamente treinados para intervenções de reposição da ordem pública, resultando essa lacuna no excessivo número de danos físicos que infligem a quem os desafia, condenando muitos deles a uma morte estúpida.

A técnica por eles mais utilizada é a disparar primeiro e depois fazer as perguntas!

E foi exactamente isso que aconteceu com Floyd, que foi vítima da incapacidade de quem o procurou deter em aplicar-lhe somente a força necessária para o neutralizar.

Acresce que dos quatro polícias indiciados criminalmente pela sua morte, apenas um é branco, facto que vem refutar a tese de que se tratou de uma demonstração de racismo.

Em segundo lugar, George Floyd não foi morto por ser preto, mas sim, e apenas, por ter resistido a uma ordem legítima de detenção.

Os polícias norte-americanos têm provado, desde há muito tempo, que não olham para a côr da pele de quem lhes faz frente, tendo, no seu triste currículo, uma série interminável de mortos de todas as raças, pela simples razão de estes terem desobedecido e resistido aos seus intentos.

Aproximadamente na mesma altura em que Floyd morreu às mãos de um polícia inapto, um outro cidadão, este branco, teve precisamente o mesmo destino do que o outro, morrendo igualmente sufocado pelo joelho do seu captor.

Como este caso dificilmente poderia ser interpretado como uma agressão racista, foi quase ignorado pela generalidade da imprensa e pelos zelosos anti-racistas que inundam as redes sociais com o ódio com que disparam em todas as direcções.

A esquerda radical precisa de causas para alimentar a sua cruzada contra a sociedade livre e a economia de mercado, procurando arrastar para esse seu desígnio os mais distraídos, que se deixam endeusar pelo nobre princípio de defenderem quem é prejudicado em função da raça de que são oriundos, acabando por se emaranharem em disputas que estão nos antípodas do projecto que, ingenuamente, abraçaram.

Há, portanto, que encontrar situações de racismo que possam ser convenientemente exploradas, denunciando-se também outras que em nada foram influenciadas pela raça dos seus intervenientes, mas que se tornam fundamentais para o engrossar do número de casos a serem manipulados por uma imprensa tendenciosa, a soldo dos movimentos extremistas que se movem impunemente, pondo em risco os alicerces do Estado de direito.

E a única manifestação de racismo que serve os objectivos destes promotores do ódio racial é o praticado exclusivamente por brancos. Os outros, que por esse mundo fora são em larga maioria, devem ser ocultados da opinião pública.

Foi esse o motivo pelo qual os nosso ilustres parlamentares não se dignaram aprovar um voto de repúdio pelo homicídio de um cidadão são-tomense, e que em Portugal encontrou acolhimento, morto, em Paio Pires, às mãos de duas dezenas de ciganos, apenas porque procurou defender a sua namorada que tinha sido vítima de uma tentativa de violação.

Também os anti-racistas do costume, que em várias cidades do País marcharam clamando por justiça pelo norte-americano que tombou vítima de repressão policial, ignoraram por completo este seu conterrâneo, considerando, pelos vistos, que o seu assassínio não se deveu ao facto de ser preto.   

A esquerda precisa também de mártires, para que se mantenha permanentemente acesa a chama da luta que eles personificaram, pelo que, à falta deles, os inventa, glorificando os seus pretensos feitos e elevando-os a um patamar de quase divindade, mas ocultando os podres que moldaram o seu comportamento durante a sua vida terrena.

Foi assim com Che Guevara, um impiedoso assassino que executava, com as suas próprias mãos, quem não lhe inspirava confiança, nomeadamente pretos e homossexuais, por quem nutria um particular ódio.

Nos dias de hoje, muitos dos que teimam em exibir camisolas com o rosto estampado daquele facínora, como se de Jesus Cristo se tratasse, são precisamente os pertencentes àqueles grupos de pessoas que ele tanto odiava, e, inclusive, os matava, desconhecendo, certamente, os sentimentos que lhe iam na alma.

O mais novo mártir da esquerda contestatária responde pelo nome de George Floyd, um personagem nada recomendável, atendendo ao seu passado criminoso. No seu currículo, entre outras proezas, constam assaltos à mão armada e tráfico de drogas.

São estes os heróis que o socialismo marxista pretende imortalizar, impondo-os às novas gerações como figuras de referência e dignas de idolatração, cujo triste exemplo devem, aquelas, seguir com amor e paixão.

Em seu nome procura-se, agora, destruir o legado dos nossos antepassados.

O silêncio cúmplice da maioria dos governantes e das nomenclaturas partidárias que os suportam, assente não na concordância, mas sim na cobardia e no desinteresse pelo que se desenrola à sua volta, porque somente os move as jogadas de consolidação do poder, fornece a estes rufias, sem valores nem princípios, a necessária força para concretizarem os seus propósitos.

E quando estes irresponsáveis políticos acordarem do pesadelo em que se deixaram adormecer, será, quase, certo, demasiado tarde para inverteram seja o que for.

Estaremos todos num mundo novo, naturalmente bem pior daquele que hoje conhecemos!