Negros. Alguma coisa contra

Se nos debruçarmos sobre a história dos primeiros futebolistas de cor a vestirem camisolas dos seus países, encontramos divergências chocantes.

Garantem alguns dos maiores coca-bichinhos da história do futebol que Andrew Watson foi o primeiro jogador negro de todos os tempos. Oficializado, claro está, de papel e carimbo, não vamos entrar pelo mundão de crioulos que andavam por aí aos ‘chutões’ em bolas, mesmo que em meados de 1850.

Hoje em dia, negro, preto, escuro, pardo, tição e por aí fora, são palavras que ganharam uma espécie de nojo. Conto por vezes esta história: só uma vez na vida me foi posto na frente, na fronteira de um país, um papel no qual me perguntavam a cor da pele. Não nomeio o país. É como se lhe fizesse um embargo pessoal. Escrevi no espaço disponível para a resposta: normal. Por isso, antes de começar por aí abaixo, por obrigação imposta pelos dicionários, a escrever sobre alguns dos primeiros escuros no futebol, sublinho que, para mim, entre irmãos e camaradas e alguns divinos negros que ganharam a admiração do mundo inteiro, eles têm a cor da pele que sempre lhes atribui: normal. Depois que venham, então, os novos racistas espetarem-me no alto de um pelourinho.

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