CDS. Partido está mais forte e unido, garante líder centrista

Conselho Nacional aprovou as contas de 2019, referentes à liderança de Assunção Cristas.

O líder do CDS disse que o partido está mais forte e unido. A garantia foi dada por Francisco Rodrigues dos Santos após a realização do Conselho Nacional do partido que se realizou ontem em Ourém. O líder centrista prometeu ainda ouvir os vários setores da sociedade para perceber quais são as maiores dificuldades sentidas pelos portugueses.  No entanto, não quis falar sobre as dificuldades do próprio partido, nomeadamente sobre a situação financeira. 

O CDS aprovou, por larga maioria, as contas do partido relativas a 2019, referentes à liderança de Assunção Cristas.  O conselho nacional aprovou ainda uma alteração aos regulamentos eleitorais internos, permitindo que as convocatórias dispensem o correio e que passem a ser realizadas por meios eletrónicos. 

Já a discussão das moções temáticas apresentadas no último congresso de janeiro ficou adiada para o próximo conselho nacional, já que inicialmente a ordem de trabalhos era extensa, obrigando a que a reunião decorresse ao longo do dia, o que foi desaconselhado face à pandemia. 

Discriminação

Este sábado, Francisco Rodrigues dos Santos teceu duras críticas à atuação da ministra da Cultura, considerando ser inadmissível a “política de gosto” e a “visão preconceituosa” de Graça Fonseca, para com a tauromaquia, pedindo uma política cultural que respeite os aficionados.

O responsável político encontrou-se, a seu pedido, na praça de touros de Santarém, com a Associação Nacional de Grupos de Forcados, ouvindo queixas sobre o tratamento “discriminatório” ao setor, não só pelo IVA de 23% que lhe é aplicado, como pela limitação a uma lotação de 25%, que Diogo Durão, presidente da ANGF, assegurou inviabilizar a realização de eventos.

Para o presidente centrista, a tauromaquia “faz parte da cultura portuguesa”, tem “raízes profundas na sociedade” e, “nos termos da lei, é considerada uma arte performativa que encerra em si um sistema de valores, de crenças e de tradições, que resultam da liberdade do povo português e da sua caracterização cultural”. 

E foi mais longe: “A ministra da Cultura não tem o direito de impor o seu gosto aos portugueses”, declarou, referindo as várias profissões ligadas ao setor que se encontram inativas desde outubro, com risco de arrastar para a “pobreza” milhares de famílias e prejudicar financeiramente os concelhos onde se realizam eventos taurinos.