“TAP é demasiado importante para o país para a deixarmos cair”

“É um instrumento de riqueza nacional”, acrescentou, lembrando que a companhia tem 10 mil trabalhadores mas é responsável por muitos mais empregos, compra 1.300 milhões euros a empresas nacionais, e paga 300 milhões de euros em impostos e contribuições.

Para Pedro Nuno Santos não há dúvidas: "TAP é demasiado importante para o país para a deixarmos cair". A garantia foi dada pelo ministro esta terça-feira no Parlamento. E foi mais longe: Seria um desastre o país perder a TAP. Quem acha que não, não percebe patavina”.

Pedro Nuno Santos disse ainda que "não podemos ficar limitados ao resultado da TAP enquanto empresa, é um desastre de análise", afirmou, lembrando que a companhia aérea é uma das maiores exportadoras nacionais.

"É um instrumento de riqueza nacional", acrescentou, lembrando que a companhia tem 10 mil trabalhadores mas é responsável por muitos mais empregos, compra 1.300 milhões euros a empresas nacionais, e paga 300 milhões de euros em impostos e contribuições.

Esta garantia surge horas depois de a  TAP ter anunciado que no primeiro trimestre do ano registou prejuízos de 395 milhões de euros, relacionados com os impactos da pandemia de covid-19, justificou a companhia aérea portuguesa e lembrou que, no período homólogo de 2019 o resultado líquido negativo tinha sido de 106,6 milhões de euros.

"[O] resultado líquido negativo do trimestre de 395 milhões de euros [foi] impactado por eventos relacionados com a pandemia covid-19, nomeadamente pelo reconhecimento de `overhedge [cobertura de risco] de jet fuel` de 150,3 milhões, tendo o resultado líquido sido igualmente impactado por diferenças de câmbio líquidas negativas de 100,5 milhões", lê-se no comunicado.

Ainda assim, a transportadora aérea admitiu que, "excluindo estes dois efeitos, o resultado líquido do primeiro trimestre de 2020 teria sido negativo em 169,9 milhões de euros".