Críticas às autoridades de saúde? Marcelo defende que função do Presidente “é agregar esforços”

O que o chefe de Estado “tem a dizer sobre esta matéria diz ao primeiro-ministro e ao Governo ou diz nas sessões epidemiológicas”.

Marcelo Rebelo de Sousa disse, esta terça-feira, que tem sido “cauteloso” a falar sobre a evolução da pandemia de forma a "não criar problemas adicionais" àqueles que o próprio vírus já causa.

"Entendo que o Presidente da República, quanto a este tema, deve ser muito precavido e muito cauteloso naquilo que pode dizer em público para não criar mais problemas para além daqueles que o vírus já causa. (…) A função do Presidente é de agregar esforços e promover uma ação conjunta, dentro do possível", disse o chefe de Estado, à margem de uma homenagem ao fundador da CUF, em Lisboa, depois de questionado sobre críticas recentes à Direção-Geral da Saúde (DGS) quer do presidente do PSD, Rui Rio, quer do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.

Marcelo disse ainda que, enquanto Presidente, deve pronunciar-se apenas daquilo que "faz e entende fazer" e que "as dúvidas" e "pontos de vista" que tem coloca-as "ao primeiro-ministro" e "nas reuniões privadas" do Infarmed, mas em público limita-se a dizer "o que pode ser um fator de união". 

Mas destacou que "a sociedade é democrática e pode haver muitas opiniões" de "outros protagonistas".