Governo aprova decreto que declara interesse público na injeção na TAP

Governo tem assim luz verde para injetar a verba na empresa, permitindo à companhia a retoma da atividade.

Depois de muitos avanços e recuos e até mesmo um braço-de-ferro entre o Governo e os acionistas privados, o Executivo aprovou um decreto que declara interesse público na injeção na TAP.

Com esta medida, a providência cautelar interposta pela Associação Comercial do Porto fica sem efeito, e ao mesmo tempo, o Governo tem luz verde para injetar a verba na empresa, permitindo à companhia a retoma da atividade.

Um acordo de princípio alcançado durante a madrugada terá evitado o cenário de nacionalização da TAP. As negociações entre o Governo e David Neeleman avançaram. O também dono da companhia aérea Azul terá concordado em abdicar do direito de converter em capital da TAP um empréstimo feito há quatro anos de 90 milhões de euros. Esta era uma exigência do Governo.

Ainda esta quarta-feira, primeiro-ministro mostrou-se confiante numa solução "estável" para a TAP, que passaria por um acordo com os privados, evitando assim a nacionalização. No entanto, deixou claro: "se for necessário" o Governo cá estará para responder de outra forma. 

"A TAP está a caminho de ter uma solução estável que assegure a Portugal manter a sua companhia, que é fundamental para a nossa continuidade territorial, para a nossa ligação ao mundo, para o desenvolvimento económico do país", disse o primeiro-ministro, quando questionado sobre se a TAP estava no caminho da nacionalização.