Carlos Carreiras diz que reforço da AML “não implica” que “cerca sanitária” nos transportes não se realize

O presidente de Câmara de Cascais explicou ao SOL que medidas só serão tomadas “caso seja necessário”.

O presidente da Câmara Municipal de Cascais afirmou, esta quinta-feira, que o reforço dos transportes a 100% na zona de Cascais não implica que, caso venha a existir essa necessidade, ações como a medição de temperatura à entrada do concelho não venham a ser impostas.

Em declarações ao SOL, Carlos Carreiras mostrou-se satisfeito com o reforço dos transportes, anunciado pela Área Metropolitana de Lisboa depois de o autarca ter colocado a hipótese de fazer uma cerca sanitária aos transportes em Cascais.

“Como Autoridade Municipal de Transportes, mas sem poder de intervenção nas rotas intermunicipais, recuso-me a ficar de braços cruzados e a assistir à multiplicação descontrolada de potenciais cadeias de transmissão nos nossos transportes. Por isso, tenho muito claro o seguinte: caso a AML não apresente uma solução efectiva até ao final desta semana, na próxima segunda-feira, todas as rotas intermunicipais serão paradas à entrada de Cascais. Os passageiros farão testes de temperatura e farão, depois disso, transbordo para rotas municipais”, lê-se no artigo de opinião de Carlos Carreiras, publicado esta quinta-feira no jornal i, antes de a AML ter garantido o reforço.

Esta quarta-feira, surgiu em Alcabideche um surto de covid-19 no lar de São Vicente, em Alcabideche, concelho de Cascais. Até ao momento, há 50 pessoas infetadas, das quais 45 são utentes e 5 são funcionários. Ao SOL, o presidente do município confirmou que todos os utentes do lar (72) foram testados e que ainda esta quinta-feira os restantes 51 funcionários, que não apresentaram sintomas, também vão ser.