​Magina da Silva defende “redução drástica” de esquadras da PSP em Lisboa e no Porto

Magina da Silva está a ultimar uma proposta para entregar ao MAI. “Quanto mais esquadras tivermos, menos polícias temos na rua para acorrer aos cidadãos”, considera.

O diretor nacional da PSP anunciou que “está em curso a consolidação da reorganização do dispositivo das instalações da PSP no sentido da redução drástica do seu número, em particular nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto”.

As declarações de Magina da Silva foram feitas durante o seu discurso, proferido esta quinta-feira, para assinalar o 153.º aniversário da Polícia de Segurança Pública.

“A PSP é de longe a polícia da União Europeia que tem mais instalações policiais versus cidadãos que serve”, sublinhou dando o exemplo da situação na vizinha Espanha.

"Madrid tem oito milhões de pessoas e 35 instalações policiais enquanto o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP tem 80 esquadras para servir 1,2 milhões”, adiantou.

O diretor nacional da PSP frisou que existe “um novo paradigma” e que atualmente “as esquadras são meros recetáculos de queixas de cidadãos, que têm seis meses para o fazer”.

Por outro lado, admitiu que se trata de “uma questão que mexe com a sensação de segurança das populações”, mas fez questão de salientar que o assunto “está estudado” e que as esquadras não dão segurança objetiva”. “Fizemos estudos e levantamentos e à volta das esquadras a criminalidade é quase igual como no resto da área”, justificou o responsável da PSP.

A ideia, explicou ainda, é tornar as futuras esquadras “mais musculadas com capacidade de proteção e de projeção de meios”. Para isso está a ser estudada a hipótese de colocar em juntas de freguesia, câmaras municipais uma espécie de posto de atendimento policial, em horário de expediente com um agente a receber queixas.

No final da cerimónia, adiantou que esta reorganização faz parte de uma proposta que vai ser apresentada ao Ministério da Administração Interna “antes do final do ano”.