Apesar da recessão, 26% das empresas conseguiu manter ou aumentar o seu volume de negócio. Esta é uma das conclusões do mais recente inquérito da Associação Industrial Portuguesa (AIP), realizado na semana de 22 a 26 de junho, a um universo de 1707 empresas.
O inquérito concluiu ainda que 75% das empresas exigem o retorno do banco de horas individual negociado nas empresas.
Além disso, a esmagadora maioria das empresas inquiridas – 81% – defende o layoff e 77% prefere a continuidade do layoff simplicado.
A AIP conclui também que as médias empresas são as que têm demonstrado mais resiliência à crise provocada pela pandemia de covid-19. Ainda assim, o relatório revela que “89% continuam a evidenciar uma posição refratária à fusão ou entrada de negócios”. 82% não pretendem vender a empresa ou participações.
O mês de junho marcou a inflexão da banca e SPGM na aprovação de operações (72%) e também na transferência de financiamento para as empresas (52%).
As conclusões referem ainda que “manteve-se establizado, face ao mês de maio, o número de empresas que despediram ou pretendem despedir (26,7%)”. No entanto, “admite-se que com o fim do layoff simplificado e do diferimento do pagamento das contribuições e impostos possa existir um agravamento de desemprego”.
A AIP refere ainda que 94% das empresas pretendem manter a atividade / core, “o que relativiza a importância que se tem dado ao processo de reinvenção de negócios e reconversão de produções”.