“Não é possível medir sofrimentos, mas uma morte é uma morte”, escreve mãe de Beatriz Lebre

O principal suspeito do homicídio da filha morreu este domingo no Estabelecimento Prisional de Lisboa.

A mãe de Beatriz Lebre reagiu, esta segunda.feira, à notícia da morte de Rúben Couto, o suspeito da morte da jovem, que foi encontrado morto no Estabelecimento Prisional de Lisboa, onde estava detido.

"Nunca fui de acordo e continuo ainda a não concordar com a pena de morte (em qualquer circunstância). Não só porque desejo viver numa sociedade com elevado nível civilizacional, mas também porque não havendo sistemas infalíveis prefiro um culpado livre do que um inocente no corredor da morte”, começou lpor escrever a mãe de Beatriz Lebre, numa publicação partilhada no Facebook.

“Numa sociedade que não mata quem matou, deveria haver, no mínimo, mais respeito pelas vítimas. Uma sociedade que não mata quem matou nunca deveria preocupar-se em vasculhar imperfeições nas vítimas com intenção de encontrar justificação para a crueldade de um assassino. Numa sociedade que não mata quem matou devia de imediato e incondicionalmente proteger as vítimas”, escreveu. "Sirva esta história para corrigir e melhorar os nossos valores", acrescentou Paula Lebre.

“Não é possível medir sofrimentos, mas uma morte é uma morte. Quando morre uma criança ou um jovem é sempre uma perda para as famílias como para a sociedade. É perda de património Humano”, escreveu a mãe da jovem de 23 anos.

A jovem foi assassinada na noite de 22 de maio, na casa onde morava em Lisboa. O corpo foi encontrado a 29 de maio, no Rio Tejo, junto de Santa Apolónia, local onde o jovem terá confessado ter largado o cadáver da jovem, depois de a matar.