Coronavac começa a ser testada em estados brasileiros este mês

Se a eficiência da primeira vacina desenvolvida pelo Brasil ficar comprovada, estará a causa o fabrico de 60 milhões de doses ao país ainda em 2020.

O governador do estado de São Paulo anunciou, esta segunda-feira, que uma potencial vacina contra a covid-19 que está a ser desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac vai começar a ser testada no Brasil a 20 de julho.

"A partir da próxima segunda-feira, 13 de julho, os voluntários para participar da testagem da vacina poderão se inscrever (…) Os testes começam a partir do dia 20 de julho, com nove mil voluntários da área de saúde, de seis estados brasileiros", afirmou João Doria, durante uma conferência de imprensa na sede do governo regional.

Os testes da vacina Coronavac serão realizados em voluntários da área de saúde, médicos e enfermeiros, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

O Instituto Butantan, órgão relacionado com o Governo regional de São Paulo, coopera com o desenvolvimento desta vacina e terá firmado um acordo com o laboratório, que lhe permitirá fabricar a CoronaVac no país se a imunização se mostrar eficiente.

"É um salto para a vida aquilo que São Paulo, através do Instituto Butantan, está fazendo junto com um laboratório provado chinês", frisou o governador brasileiro, que falou ainda acerca de um outro teste para uma vacina que está a ser realizado numa parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, e com a Fundação Oswaldo Cruz.

"Torcemos também para que a vacina [desenvolvida pela universidade] de Oxford que está sendo igualmente testada aqui no Brasil produza resultado e possamos também fabricá-la em Manguinhos, no Rio de Janeiro, para termos duas vacinas em condições de imunizar milhões de brasileiros", frisou Doria.

Se a eficiência da primeira vacina ficar comprovada, estará a causa o fabrico de 60 milhões de doses ao Brasil ainda em 2020.