CIP apela à intervenção rápida e intensa do Governo

“Porque a CIP sempre defendeu que a crise pandémica exigia uma forte resposta a nível europeu, apela-se aos governantes dos diversos países que se aproveite o Conselho Europeu do próximo dia 17 de julho para que se aprove o Plano de Recuperação”.

A CIP apelou à intervenção rápida e intensa do Governo. Esta é a reação da entidade liderada por António Saraiva depois de terem sido reveladas as previsões económicas da Comissão Europeia, o que no seu entender, "são um novo sinal vermelho a que tem que se reagir com a maior rapidez e firmeza". Os números apontam para uma recessão do PIB português de 9,8% este ano, com a globalidade da zona euro a cair 8,7%.

No entender da confederação, a "Comissão Europeia fala em 'efeitos devastadores' da pandemia de covid-19 e no caso português identifica contrações dramáticas na maior parte dos indicadores económicos", acrescentando que "esta realidade e o cenário apontado para a globalidade do ano devem levar o Governo a tomar de imediato as medidas necessárias para apoiar a economia e evitar os piores efeitos da crise. Como a CIP reiteradamente tem afirmado, é necessário que as medidas rápidas, simples, suficientes e que cheguem rapidamente à economia e às empresas. De entre as diversas propostas, é da máxima importância que o Governo avance urgentemente para a capitalização das empresas (implementando uma “bazuca portuguesa” que faça mesmo a diferença) e que resolva problemas como o dos seguros de crédito no mercado nacional".

E vais longe. "Numa outra frente, e porque a CIP sempre defendeu que a crise pandémica exigia uma forte resposta a nível europeu, apela-se aos governantes dos diversos países que se aproveite o Conselho Europeu do próximo dia 17 de julho para que se aprove o Plano de Recuperação. Para fazer face à maior crise económica dos últimos 100 anos que a União Europeia esteja à altura das suas responsabilidades e que se criem as condições para uma resposta efetiva a partir de janeiro de 2021, de modo a mitigar os impactos económicos e sociais da recessão e a dar um novo horizonte de esperança ao projeto europeu".