Ministro exige “conduta exemplar” dos membros das forças de segurança nas redes sociais

Eduardo Cabrita sublinha o papel dos polícias e dos militares enquanto “responsáveis pela defesa do estado de direito democrático”.

Ministro exige “conduta exemplar” dos membros das forças de segurança nas redes sociais

O ministro da Administração Interna afirmou, esta sexta-feira, que cabe às forças de segurança terem uma conduta exemplar nas redes sociais, pois são "responsáveis pela defesa do estado de direito democrático",

"A atuação da IGAI (Inspeção-Geral da Administração Interna) é que nós não toleraremos a violência doméstica, discriminação de género, xenófoba, em função da orientação sexual ou por razões de origem ou razões raciais. Portanto, quem é responsável pela defesa do estado de direito democrático tem de ter nessa matéria, como noutras, uma conduta exemplar", declarou Eduardo Cabrita.

O governante fez questão de salientar que, apesar de não existir qualquer “fiscalização das redes sociais das forças de segurança" é exigido que os agentes de segurança pública tenham "especiais responsabilidades" num país que se destaca por ser "inclusivo".

As declaraçãos do ministro foram feitas à margem de uma ação de destruição de milhares de armas, na qual também esteve presente o diretor nacional da PSP, Manuel Magina da Silva, que também tinha abordado o mesmo tema ontem, num encontro promovido na quinta-feira pela IGAI.

Neste encontro, Magina da Silva afirmou que a polícia está "muito atenta" aos comentários discriminatórios que os polícias possam fazer nas redes sociais, mas admitiu que é uma tarefa difícil até se conseguir chegar à identificação.

"Notamos alguma desresponsabilização quando se está atrás de um computador nas redes sociais. Efetivamente, é um problema e não é fácil, porque obviamente é um bocadinho o jogo do gato e do rato até se conseguir chegar à identificação de quem está a proferir determinadas declarações e também se podem fazer passar por polícias", disse Magina da Silva, garantido que a polícia está "muito atenta" aos comentários discriminatórios que os agentes possam fazer nas redes sociais,