Uma máquina de derreter dinheiro

Este formidável desbaratar do património português explica que, pesem embora os milhares de milhões que recebemos da Europa em fundos estruturais e outros, a nossa dívida tenha vindo sempre a crescer.

As democracias são muito bonitas, mas precisam de apresentar resultados.

Não podem transformar-se em máquinas de derreter dinheiro, endividando os países e deixando às gerações vindouras ‘pesadas heranças’.

Ora, a democracia portuguesa, desde o 25 de Abril, tem sido exatamente – com poucos períodos de exceção – uma poderosíssima máquina de derreter dinheiro.

No período revolucionário foi o que se sabe, com falências em catadupa, a destruição de grandes empresas como a Setenave ou a Sorefame, a nacionalização de bancos, a ocupação de herdades.

Derreteram-se milhares de milhões.

O período cavaquista foi um tempo de privatizações, o Estado recebeu muito dinheiro mas ninguém sabe ao certo para que serviu depois.

Mais recentemente foi o estoiro da PT – que passou de joia da coroa das nossas empresas públicas a ferro velho sem qualquer valor.

Este formidável desbaratar do património português explica que, pesem embora os milhares de milhões que recebemos da Europa em fundos estruturais e outros, a nossa dívida tenha vindo sempre a crescer.

E as reservas do Banco de Portugal tenham vindo quase sempre a diminuir.

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