Sociais-democratas querem reuniões quinzenais sobre situação epidemiológica

O grupo parlamentar do PSD sugere ainda que estas reuniões sejam transmitidas no Canal Parlamento, como forma de contribuição para “maior transparência administrativa”, já que, consideram os sociais-democratas, o “caráter não público” dos encontros anteriores contribuiu “para uma indesejável falta de transparência da informação”

Sociais-democratas querem reuniões quinzenais sobre situação epidemiológica

O grupo parlamentar do PSD pediu, esta sexta-feira, à Comissão de Saúde da Assembleia da República que delibere sobre a realização de reuniões quinzenais sobre a situação epidemiológica da pandemia em Portugal.

Segundo um requerimento entregue na Assembleia da República, os sociais-democratas consideram que as reuniões do Infarmed, que decorriam desde março, perderam "alguam utilidade" devido ao "progressivo esgotamento do modelo de prestação de informação".

Assim, o PSD requereu à comissão que delibere a realização das mesmas reuniões, mas num formato quinzenal,"a partir do início da próxima sessão legislativa e com periodicidade quinzenal e duração indeterminada, reuniões subordinadas à temática da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal".

Os deputados consideram que é preciso "adotar, na nova fase que se avizinha, um novo modelo" que dê privilégio à "função parlamentar na defesa da saúde pública", e acrescentam ainda no documento que as reuniões devem contar com a participação de "um representante do Ministério da Saúde", "outro ou outros representantes governamentais, caso o Governo assim o entenda", epidemiologistas de instituições públicas e privadas, "a indicar sob proposta da Direção-Geral da Saúde", e outros especialistas que a Comissão de Saúde entenda que deve ouvir.

O PSD sugere ainda que estas reuniões sejam transmitidas no Canal Parlamento, como forma de contribuição para "maior transparência administrativa", já que, consideram os sociais-democratas, o "caráter não público" dos encontros anteriores contribuiu "para uma indesejável falta de transparência da informação", que não só "impede o exigível conhecimento público sobre a verdadeira situação" epidemiológica da pandemia, como também pode "prejudicar a confiança" dos cidadãos nas medidas implementadas para mitigar a propagação do novo coronavírus.