Hospital de Cascais dá alta a mulher com Alzheimer sem avisar família. Idosa está desaparecida desde sexta-feira

A unidade hospitalar garante ter cumprido “com os protocolos estabelecidos para o efeito”.

O Hospital de Cascais está a ser acusado de falta de apoio a uma utente depois de ter dado alta a uma mulher idosa que sofre de Alzheimer, sem avisar a sua família sobre a sua saída, esta sexta-feira. Apesar das buscas por parte da GNR, até ao momento, o paradeiro da mulher não é conhecido, avança a TVI24.

Francisca Fernandes, de 66 anos, tinha ido ao hospital para uma consulta, acompanhada pelo marido. Depois do seu quadro clínico ter piorado, esta foi encaminhada para as urgências e devido aos condicionamentos provocados pela covid-19, o homem não teve permissão para entrar.  No sábado, sem notícias da familiar, o marido entrou em contacto com o hospital que o informou que a mulher já tinha abandonado a unidade hospitalar. 

A sobrinha da mulher, Elisabete Cabral, contou, em declarações à TVI24, que esta não tinha condições para ir para casa sozinha, logo um funcionário do hospital chamou um táxi para a levar a casa. "Ligámos para uma central de táxis, onde nos disseram que foi chamado um táxi para o hospital a essa hora", contou Elisabete. O taxista terá feito o percurso até ao hospital de Alcoitão, também em Cascais, e voltado para trás, até à porta das urgências.

Os familiares de Francisca Fernandes acusam o hospital de falta de apoio e dizem estar assustados com o estado atual da idosa."A minha tia não merecia este desfecho trágico. Ela não pode estar mais de dois dias sem receber oxigénio, nem medicação", confessou a sobrinha.

O Hospital de Cascais já respondeu às acusações e diz que a unidade "cumpriu todos os protocolos estabelecidos para o efeito e mantém-se disponível para colaborar com as entidades competentes", pode ler-se em comunicado.