António Costa reúne-se hoje com Catarina Martins e Jerónimo de Sousa para discutir Orçamento Suplementar para 2021

Posteriormente, as negociações serão alargadas com os restantes partidos de esquerda, PAN e PEV, que também viabilizaram orçamentos de Estado na anterior legislatura.

António Costa reúne-se hoje com Catarina Martins e Jerónimo de Sousa para discutir Orçamento Suplementar para 2021

O primeiro ministro recebe, esta terça-feira, o Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista Português (PCP) para as negociações para a aprovação da proposta do Governo do Orçamento do Estado para 2021 e do programa de  recuperação económica 2020/2030.

Posteriormente, as negociações serão alargadas com os restantes partidos de esquerda, PAN e PEV, que também viabilizaram orçamentos de Estado na anterior legislatura.

António Costa sublinhou, na terça-feira, que sempre defendeu que os parceiros naturais do PS em matéria de governação são os partidos à esquerda. O primeiro-ministro insistiu ainda que um sistema de Bloco Central seria "um fator de empobrecimento da democracia", acrescentando que não quer dizer com isso que o PSD "tenha peste".

"Estes últimos cinco anos têm sido cinco anos de sucesso para o país. E agora que temos uma nova crise pela frente, onde é muito claro que, ao contrário do que alguns temeram, a resposta adequada não vai ser o recurso à austeridade. Pelo contrário, é necessário unir os esforços e dar uma resposta positiva àquilo que é essencial, de forma a reforçar a nossa capacidade económica, de reforçar os apoios sociais e os serviços públicos essenciais, como o Serviço Nacional de Saúde (SNS)", afirmou, em Budapeste, à margem de um encontro com o seu homólogo húngaro, Viktor Órban.

Também ontem a coordenadora do BE deixou o aviso de que o partido só faz acordos por convicção e não por conveniência. Catarina Martins afirmou que o Bloco colocará entre as suas prioridades a revisão das leis laborais e o reforço do Serviço Nacional de Saúde.

Já o PCP, que foi alvo de críticas por parte do Governo devido ao voto contra o Orçamento Suplementar, mostrou disponibilidade para analisar o Orçamento do Estado para 2021 e o programa de recuperação económica. O partido afirmou mesmo que haveria qualquer tipo de "reserva mental" por parte do partido em relação a esses processos.