A grande diferença entre direita e esquerda

A direita, pelo contrário, pensa primeiro no país e só depois nas pessoas. Por isso, gosta da palavra ‘Pátria’, que a esquerda abomina. E fala mais de deveres do que de direitos.

Há uma diferença essencial entre direita e esquerda que raramente é debatida: enquanto a esquerda se preocupa mais com o ‘presente’ e com as ‘pessoas’, a direita dá sobretudo valor ao ‘futuro’ e ao ‘país’.

Preocupada antes de tudo com as pessoas, a esquerda exige sempre melhores salários, mais regalias sociais, mais serviços públicos gratuitos, mais direitos…

A esquerda quer sempre mais, não lhe importando saber se isso é ou não possível em função dos recursos disponíveis.
Rejeita as políticas de austeridade.

Se houver dinheiro, há; se não houver, pede-se emprestado.

E se, depois, não houver dinheiro para pagar os empréstimos, não se pagam.

Ouvi um dia, estupefacto, Mariana Mortágua dizer que existia um meio muito fácil de aliviar a austeridade no tempo da troika: deixar de pagar os juros da dívida soberana.

E Pedro Nuno Santos, ultimamente muito interventivo, chegou a ameaçar pôr «as pernas dos banqueiros alemães a tremer», ameaçando-os também com o não pagamento da dívida do Estado português.

A direita, pelo contrário, pensa primeiro no país e só depois nas pessoas.

Por isso, gosta da palavra ‘Pátria’, que a esquerda abomina.

E fala mais de deveres do que de direitos.

Nunca defendeu que Portugal não pagasse as suas dívidas, antes pelo contrário.

Advoga o equilíbrio orçamental, e diz que um país não deve gastar mais do que aquilo que produz. 

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