Endividamento da economia com novo recorde. Está acima dos 740 mil milhões de euros

Este foi o segundo mês em que o endividamento da economia aumentou devido à pandemia de covid-19.

No mês de maio, o endividamento do setor não financeiro fixou-se nos 740,7 mil milhões de euros. Desse valor, 333,7 mil milhões dizem respeito ao setor público e 407,7 mil milhões de euros ao setor privado. Este foi o segundo mês em que o endividamento da economia aumentou devido à pandemia de covid-19.

Os dados foram revelados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP) que explica ainda que, em relação ao mês de abril, o endividamento do setor não financeiro registou um crescimento de 6,3 mil milhões de euros. “Este aumento deveu-se aos acréscimos de 3,6 mil milhões de euros do endividamento do setor público e de 2,7 mil milhões de euros do endividamento do setor privado”, avança a instituição que desde esta segunda-feira é por liderada por Mário Centeno.

Já no que diz respeito ao incremento do endividamento do setor público, este reflectiu-se principalmente no crescimento do endividamento face ao setor financeiro (3,2 mil milhões de euros) mas também face às próprias administrações públicas (1,3 mil milhões de euros). O banco central explica que “estes aumentos foram parcialmente compensados pela redução do endividamento face ao exterior (1,0 mil milhões de euros)”.

No setor privado, as empresas viram o seu endividamento aumentar 2,6 mil milhões de euros, “sobretudo através da subida do endividamento face ao setor financeiro (2,2 mil milhões de euros)”.

Já o endividamento dos particulares face ao setor financeiro também cresceu e registou um acréscimo de 0,1 mil milhões de euros.