O responsável pelo programa de Emergências Sanitárias da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou, esta quarta-feira, que, apesar dos sinais de esperança" consequentes das vacinas experimentais, não haverá pessoas a serem vacinadas contra a covid-19 antes de julho de 2021.
Durante uma sessão de perguntas e respostas, Michael Ryan reforçou que serão precisas tomar "todas as precauções" para garantir que a vacina é segura e que é preciso haver "realismo nas expetativas".
"De forma realista, não teremos pessoas a serem vacinadas até à segunda metade do próximo ano", afirmou, sublinhando que existem a um número cada vez maior de vacinas a passarem à chamada fase três dos testes, sendo experimentadas experimentadas em voluntários humanos.
O responsável sublinhou ainda que, até agora, cinco potenciais vacinas "não fracassaram até agora", cumprindo os requisitos de segurança e criação de resposta imunitária. "Estamos a ver sinais de esperança. Mas em vacinas, por mais depressa que nos esforcemos para as ter, teremos que garantir que são seguras e eficazes e isso levará tempo. Estamos a acelerar, mas não vamos facilitar no que toca à segurança", garantiu.
"Adoraria poder dizer que vamos ter uma vacina e em dois ou três meses este vírus desaparecerá, mas isso não é realista", afirmou, acrescentando que "é mais fácil vencer um adversário se já o tivermos cansado" e que, por isso, é importante fazer o que for possível agora no combateà covid-19.
