Diz que o futuro chegou mais cedo…

Assim conseguimos desde logo perceber que a situação que vivemos tem um grande impacto no comportamento dos consumidores, nas suas decisões de compra, na relação com as marcas e nas novas expectativas do consumidor. 

Quando olhamos para toda esta pandemia e para um confinamento obrigatório que nos fechou a todos em casa, todos percebemos ainda mais qual a importância da tecnologia nas nossas vidas.
Só todos ligados e conectados da forma certa conseguimos sobreviver a este momento, mantendo a sanidade mental graças ao contacto que conseguimos manter com familiares e amigos, e continuando a trabalhar com os teams e os zooms da vida a manterem-nos todos na ‘mesma’ sala.

Quase que nos sentimos no Regresso ao Futuro numa oscilação entre o que é o presente e o futuro, que parece que chegou de facto mais cedo, impulsionado por um fenómeno mundial que ninguém antecipava. 

Assim, a PricewaterCoopers publicou há alguns dias mais uma edição do seu estudo anual ‘Global Consumer Insights Survey’, que este ano, fruto da situação de pandemia que se vive globalmente, integra dados de um inquérito feito em duas etapas, uma com recolha antes da pandemia e outra já com recolha depois da pandemia ter afetado todo o globo, com mais de 4500 inquiridos em 9 países. Países que foram escolhidos exatamente por estarem a atravessar diferentes fases da evolução da pandemia. 

 

Assim conseguimos desde logo perceber que a situação que vivemos tem um grande impacto no comportamento dos consumidores, nas suas decisões de compra, na relação com as marcas e nas novas expectativas do consumidor. 
De forma resumida, concluímos que esta nova normalidade faz com que o consumidor esteja cada mais focado em segurança e em sentir que a experiência pode ser grandiosa novamente, ainda que com todo outro contexto. Por outro lado cada vez mais tem que haver um equilíbrio entre a loja online e a loja física, percebendo onde vai estar o consumidor – um consumidor naturalmente mais propenso a comprar online e completamente preparado para acolher o 5G.

 

E por último cada vez mais a escolha ética, sustentável, amiga do ambiente e ‘altruísta’ será a tendência quando escolhemos as marcas. Marcas com propósito e que devem por isso corresponder às expectativas, não novas, mas renovadas do seu consumidor. E não menos importante será ainda garantir que a inovação resolve os novos problemas e que é através da partilha, seja entre consumidores, seja entre marcas que poderemos conseguir ‘salvar’ o mundo e conviver com novas pandemias e situações limites que nos possam vir a ser impostas. 
De certa forma, o futuro de facto antecipou-se e acelerou alguns processos que já estavam em andamento mas que hoje assumem contornos de nova realidade. É com estas tendências que hoje teremos que trabalhar, conscientes da incerteza e com muita criatividade para dar a volta por cima.

Diretora Criativa Havas Sports& Entertainment