Morreram mais 615 pessoas do que seria esperado na última semana

Mortalidade aumentou desde o início do mês e só nos últimos sete dias de intenso calor morreram mais 615 pessoas do que é considerado esperado. Nos idosos, o excesso de mortalidade é maior do que no pico da covid-19, em abril. “Temos um milhão de doentes crónicos que precisamos de acompanhar”, alerta médico.

A mortalidade por todas as causas tem estado a aumentar desde o início de julho e a tendência agravou-se nos últimos dias de intenso calor. Só nos últimos sete dias, revelava ontem o sistema de vigilância de mortalidade (eVM), houve mais 615 mortes do que seria esperado nesta altura do ano. A plataforma indica que o excesso de mortalidade se verificou nos idosos, em particular acima dos 75 anos, em que o pico de mortalidade foi maior do que o que se verificou no pico da epidemia de covid-19, em abril. No final da semana passada, a Direção-Geral da Saúde já tinha indicado que desde o início de julho se tinham registado 919 óbitos acima do esperado para esta altura do ano, coincidindo com os dias de maior calor. Esta semana não foi ainda feito um ponto de situação, mas só este mês já terá mais de mil mortes acima do expetável, isto numa altura em que, apesar de um aumento ligeiro da mortalidade por covid-19 nas últimas semanas, a epidemia dá sinais de abrandamento. Nos dias de verão, a média diária de mortes costuma rondar as 250 a 300, mas na última semana houve quatro dias com 400 óbitos.

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