Exportações de componentes automóveis mantêm queda mas menos acentuada

As exportações de componentes automóveis em junho registaram uma queda menos acentuada, com uma descida de 8% relativamente ao mesmo período de 2019.

O valor das exportações de componentes automóveis registou em junho uma queda de 8% face ao mesmo período de 2019, avançou esta sexta-feira a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).

A associação diz que “é importante referir que as vendas, para o mês de junho, de componentes automóveis para o exterior mantiveram o movimento descendente pelo 4º mês consecutivo mostrando, no entanto, uma pequena melhoria em relação aos meses anteriores: março (-26%); abril (-76%); maio (-57%) e junho (-8%)”.

No que se refere à evolução mensal das exportações de componentes automóveis em junho diminuíram para os 705 milhões de euros.

Já no acumulado até junho de 2020 as exportações ficaram-se pelos 3754 milhões de euros, valor que representa uma quebra de 26% relativamente ao período homólogo de 2019. “Ou seja, no primeiro semestre de 2020 as vendas ao exterior diminuíram 1.296 milhões de euros, relativamente a 2019”, diz a AFIA.

Em termos de países destino das exportações de janeiro a junho de 2020, e face ao mesmo período de 2019, Espanha mantém a primeira posição com vendas de 1.326 milhões de euros (-6,3%), seguida da Alemanha com 799 milhões de euros (-22,5%) e em 3º lugar surge a França com um registo de 444 milhões de euros (-40,4%).

Para o Reino Unido as exportações totalizaram 189 milhões de euros (-57,3%). No total, estes quatro países concentram 73% das exportações portuguesas de componentes automóveis.

“De referir que os valores registados e, apesar de apresentarem já pequenos sinais de melhoria, são ainda resultado da pandemia COVID-19 que levou ao abrandamento geral da atividade, encerramento temporário das fábricas de automóveis e consequente cancelamento de encomendas”, acrescenta a associação.