Operação Cascais. Marcelo, Lili Caneças e Brito e Cunha por detrás da mudança

“Um velho amigo, uma mulher e o Presidente da República” é esta a descrição feita pelo El Mundo para atrair o Rei emérito para Portugal. 

Marcelo Rebelo de Sousa, Lili Caneças e João Manuel Brito e Cunha estão a ajudar Juan Carlos I, Rei emérito de Espanha, a mudar-se para Portugal e a encontrar uma casa para viver. A ação já é conhecida como “Operação Cascais”, de acordo com o jornal El Mundo. “Os planos do Rei emérito e as três pessoas-chave que prepararam a sua aterragem em definitivo depois do verão: um velho amigo, uma mulher e o Presidente da República”, diz o jornal espanhol. 

Portugal é um dos destinos possíveis, já que aos oito anos, a família real espanhola chegou a vir para Portugal, tendo-se estabelecido na Villa Giralda, no Estoril, antiga casa dos Condes de Barcelona.

Confrontada com a possibilidade de o pai de Felipe VI regressar a Portugal, a PSP revelou ao SOL que seguirá todos os protocolos definidos para estes casos, ainda que tenha querido manter toda a discrição. “A PSP mantém reserva sobre a presença ou ausência de altas entidades em território nacional. A atribuição de equipas operacionais e a execução, pela PSP, de missões de segurança pessoal, seguem os protocolos e os procedimentos definidos, resultando da categoria das altas entidades e da análise do grau de ameaça e risco, em contextos concretos”, esclareceu. 

Ao SOL, o empresário André Jordan recorda como uma simples fotografia mudou o destino da Quinta do Lago. António Brito e Cunha evocou os passeios de barco com o Rei. E Jorge Arnoso elogiou o seu reinado:‘Apreciei-o ainda mais como Rei do que como amigo’.

Alvo de investigação

Na semana passada foi conhecida uma carta que Juan Carlos enviou ao seu filho Felipe VI, Rei de Espanha, na qual anunciou a sua decisão de se afastar de Espanha para ajudá-lo a “exercer as suas responsabilidades” e, no documento, revelava que iria deixar de viver no Palácio da Zarzuela e sair de Espanha, perante “a repercussão pública” de “certos eventos do passado”.

O Rei emérito viu-se envolvido numa investigação judicial, desde o verão de 2018, quando agentes da polícia suíça foram enviados por um juiz para analisar as contas de uma empresa gestora de fundos alegadamente ilegais em paraísos fiscais, onde o Rei emérito tem investimentos pessoais. O antigo Rei de Espanha não está a ser investigado, mas fontes judiciais suíças já disseram que pode vir a sê-lo num futuro próximo, embora a lei exija que apenas o departamento fiscal do Supremo Tribunal possa assumir o caso.