Extinção do incêndio em Ponte da Barca é dificultada pelas reativações

“O trabalho de combate a este fogo característico de montanha ainda vai ser muito demorado, árduo, com recurso a equipas apeados, com ferramentas manuais e suporte dos meios aéreos que se vai prolongar-se no tempo”, afirmou o segundo comandante de Viana do Castelo.

A extinção do incêndio no Lindoso, em Ponte da Barca, está a ser dificultada por ainda ter muitas reativações e pela "dificuldade de progressão dos meios no terreno", disse, esta segunda-feira, o segundo comandante operacional Distrital de Viana do Castelo.

“ O fogo ainda está ativo porque temos muitas reativações. É um terreno muito difícil para a progressão dos meios apeados progredir e para a consolidação do perímetro do fogo. Por isso, cautelosamente, não queremos dá-lo como dominado. Quando conseguirmos segurar as reativações, aí sim podemos mudar o estado do fogo", explicou o responsável.

Segundo o último balanço feito à agência Lusa, pelas 18h, a frente ativa estava a “progredir lentamente para uma zona crítica, o rio Cabril, junto à Mata de Cabril, classificada como Área de Proteção Integral, inserida no Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG)”.

"Ainda não entrou e é isso que não queremos. Estamos a fazer todos os esforços para que isso não aconteça", afirmou, sublinhando o  trabalho "extraordinário" dos operacionais que se encontram no terreno.

"O trabalho de combate a este fogo característico de montanha ainda vai ser muito demorado, árduo, com recurso a equipas apeados, com ferramentas manuais e suporte dos meios aéreos que se vai prolongar-se no tempo. Para o fogo ser completamente debelado, precisávamos da ajuda das condições meteorológicas, com entrada de alguma humidade que permitisse consolidar o rescaldo", explicou.

O incêndio em questão deflagrou durante a madrugada de sábado na Galiza.