Infarmed. Novos medicamentos para o VIH e a doença de Crohn

Medicamentos Dovato, para o VIH, e Stelara, para a doença de Crohn, usados em meio hospitalar.

O Infarmed anunciou esta quarta-feira que foram disponibilizados novos tratamentos para o VIH e para a doença de Crohn, doença inflamatória do trato gastrointestinal que afeta predominantemente a parte inferior dos intestinos.

“O medicamento Dovato (Lamivudina + Dolutegravir) obteve autorização para ser utilizado em meio hospitalar na indicação: tratamento da infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana tipo 1 (VIH1) em adultos e adolescentes com mais de 12 anos de idade e que pesem pelo menos 40 quilos, sem resistência conhecida ou suspeita à classe de inibidores da integrase, ou à lamivudina”, avançou o Infarmed, em comunicado, no qual também é referida a doença de Crohn.

“O medicamento Stelara (ustecinumab) obteve autorização para ser utilizado em meio hospitalar na indicação: tratamento de doentes adultos com doença de Crohn ativa moderada a grave que apresentaram uma resposta inadequada, deixaram de responder ou demonstraram ser intolerantes à terapêutica convencional ou a um antagonista do TNF [factor de necrose tumoral] ou têm contraindicações médicas para essas terapêuticas”, pode ainda ler-se na nota divulgada.

Custos de terapêuticas
Além disso, o Infarmed fez também questão de analisar a minimização de custos em relação às alternativas terapêuticas, chegando à conclusão que o custo da terapêutica com o medicamento Dovato, para o VIH, por exemplo, é inferior.

Em Portugal, os medicamentos biológicos com financiamento do Serviço Nacional de Saúde para o tratamento da doença de Crohn são dois: infliximab e adalimunab, que, de acordo com o relatório de avaliação, estão no mercado há vários anos. “Estes medicamentos têm demonstrado em estudos prospetivos a redução das hospitalizações e cirurgias”, concluiu o relatório.

VIH retrai, Crohn cresce
egundo dados divulgados em 2019 pelo Infarmed, registou-me uma diminuição de 46% de novos casos de infeção por VIH durante nove anos – entre os anos 2008 e 2017.

No entanto, o número de doentes de Crohn tem aumentado nos últimos anos em Portugal, bem como no resto do mundo.