Migrantes marroquinos reagiram de “forma violenta” a decisão judicial e destruíram equipamentos no centro de acolhimento no Porto

Tribunal de Loulé decidiu manter os migrantes mais um mês em Portugal. Três cidadãos do mesmo grupo já se tinham colocado em fuga daquele centro de acolhimento no passado mês de julho.

Onze cidadãos marroquinos, do grupo que desembarcou ao largo do Algarve em junho, reagiram de “forma violenta” à decisão judicial de os manter mais um mês em Portugal e destruíram alguns equipamentos no centro de instalação temporária do aeroporto do Porto.

De acordo com a agência Lusa, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) explicou que o Tribunal de Loulé determinou a manutenção dos cidadãos marroquinos nos Centros de Instalação Temporária por mais 30 dias. A decisão judicial foi tomada "enquanto se aguarda autorização das autoridades marroquinas para execução do seu afastamento, atentos os constrangimentos vigentes face ao contexto de combate à pandemia de covid-19".

À agência noticiosa, o SEF explica que os 11 marroquinos que se encontram no Centro de Instalação Temporária no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, reagiram "de forma violenta" à decisão judicial.

"Recorda-se que três cidadãos deste grupo já se haviam evadido daquele espaço no passado dia 03 de julho, tendo sido localizados no próprio dia e ali reinstalados", acrescentou o SEF, citado pela Lusa, frisando que se está "a acompanhar a situação, em conjunto com a Polícia de Segurança Pública".

Recorde-se que a embarcação, com um total de 22 migrantes, foi intercetada pela Polícia Marítima no passado dia 15 de junho, quando os tripulantes se preparavam para desembarcar na Praia de Vale do Lobo, no Algarve.