Alberto João Jardim, ex-presidente do governo regional da Madeira. ‘Passou o tempo de ajudar o PS, mas Rui Rio é livre de seguir o seu caminho’

Alberto João Jardim defende que o PSD não deve alinhar em entendimentos com os socialistas e Costa ‘deve ser considerado o adversário principal’. Se Rui Rio seguir outro caminho, vai ‘arcar com as consequências’.  O histórico do PSD critica Marcelo por se confundir com o Governo socialista e insiste na candidatura de Miguel Albuquerque nas…

Alberto João Jardim, ex-presidente do governo regional da Madeira. ‘Passou o tempo de ajudar o PS, mas Rui Rio é livre de seguir o seu caminho’

Alberto João Jardim defende que António Costa «não é um estadista» e o PSD não deve alinhar em mais entedimentos com os socialistas. Marcelo Rebelo de Sousa também não escapa às críticas do histórico líder madeirense e social-democrata, por aparecer colado ao Governo. Numa entrevista por escrito, o homem que governou a Madeira durante quase 40 anos alerta que a decisão do Governo Regional madeirense de tornar obrigatória a utilização de máscara em todos os espaços públicos carece do «necessário valor jurídico». Alberto João Jardim garante ainda que tem os cuidados necessários para prevenir a covid-19, mas sem dramatismos.

O presidente do PSD, Rui Rio, admitiu uma coligação com o Chega se o partido de André Ventura mudar e for mais moderado. Outras figuras do PSD, como Miguel Albuquerque, admitiram essa possibilidade. O PSD deve estar aberto a entendimentos com o Chega?
Não sei o que seja o Chega. Já perguntei publicamente qual o seu pensamento sobre as autonomias insulares e a regionalização do continente. Sobre a partidocracia, a plutocracia, a mediocracia e a censura que caracterizam o regime político português. Não vi qualquer resposta. Por enquanto, o Chega nada acrescenta aritmeticamente. Poderá ter votos que eram do PSD e do CDS. Portugal ainda não atingiu a fase da França, onde muitos desiludidos com as organizações fascistas comunistas, se passaram para o outro extremo.

Nas últimas eleições legislativas apareceram dois novos partidos de direita que conseguiram eleger deputados. Como olha para estes novos fenómenos como o Chega ou a Iniciativa Liberal – que, aparentemente, estão a crescer e a criar dificuldades aos partidos tradicionais?
O PSD e o CDS são censurados, embora também não andem a fazer por mais. A propaganda com que a pseudo-esquerda sustenta o Chega, é só para tentar atingir o PSD e o CDS.

Como tem visto a atuação de Rui Rio à frente do PSD? Julga que é injusta a acusação de que o PSD está demasiado próximo do Governo socialista?
No último Congresso Nacional, que se realizou em fevereiro, defini que tinha passado o tempo de ajudar o [António] Costa e que este colaboracionista das organizações fascistas comunistas teria de passar a ser considerado o adversário principal. Mas o dr. Rui Rio é livre de escolher o seu caminho e arcar com as consequências.

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