Algarve. Taxa de ocupação de julho foi a mais baixa de sempre

A taxa de ocupação global média por quarto no Algarve caiu 61,0%em julho, face ao mesmo período de 2019. As descidas absolutas foram proporcionais ao peso relativo dos mercados, sendo as maiores as do Reino Unido (-93,2%), da Irlanda (-90,8%) e Alemanha (-69,9%). 

A taxa de ocupação global média por quarto no Algarve foi de 32,6% em julho, menos 61,0% do verificado no mesmo mês de 2019, divulgou esta segunda-feira a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA). Embora a quebra seja significativa, o relatório indica que houve uma recuperação em julho, em comparação com as quebras registadas em abril (-98,4%), maio (-96,4%) e junho (-85,7%).

Com a descida verificada, a taxa de ocupação no Algarve no mês de julho registou o valor mais baixo de sempre. “A variação homóloga verificada é justificada pela pandemia provocada pelo vírus covid-19, cujo impacto na hotelaria começou a sentir-se no início do mês de março com cancelamentos de reservas, evoluindo rapidamente para uma situação de encerramento progressivo das unidades de alojamento”, lê-se no relatório.

Fazendo as contas desde janeiro, este indicador encontra-se 63,2%% abaixo do verificado nos primeiros sete meses do ano passado. Já a taxa de ocupação global média por cama foi de 32,0%, mais 5,9% do verificado em julho de 2019.

De acordo com a AHETA, todas as zonas geográficas sofreram fortes quebras, que oscilaram entre os -53,0% em Monte Gordo (Vila Real de Santo António) e os -68,6% em Albufeira. Por outro lado, a zona de Faro e Olhão foi a que registou a taxa de ocupação mais alta (39,3%), enquanto a mais baixa ocorreu na zona de Albufeira (com apenas 27,3%).

As descidas absolutas foram proporcionais ao peso relativo dos mercados, sendo as maiores as do Reino Unido (-93,2%), da Irlanda (-90,8%) e Alemanha (-69,9%). As fortes descidas verificadas este mês afetaram fortemente as ocupações verificadas desde o início do ano, sendo o Reino Unido o mercado com a maior descida acumulada desde janeiro (-79,3%), seguido pelo mercado nacional (-38,8%) e pela Alemanha (-66,1%)

Em julho, a maior fatia das dormidas coube aos turistas nacionais com 60,9%, seguidos pelos espanhóis (6,8%), alemães (5,8%) e holandeses (5,4%). Relativamente ao número de hóspedes, a liderança coube igualmente – e sem surpresa – aos portugueses, com 62,4%, seguidos pelos espanhóis (10,9%), franceses (5,1%) e holandeses (4,0%).

Durante o mês, a estadia média por pessoa situou-se nas 4,5 noites, 0,5 abaixo do verificado em 2019. Os turistas irlandeses (7,8 noites) registaram as estadias mais prolongadas, seguidos dos belgas (6,9), alemães (6,7) e holandeses (6,1). A estadia média dos portugueses situou-se nas 4,4 noites, o mesmo valor que o verificado no ano anterior.