Drones que não voam e lares secretos

Nesta edição, temos dois temas que ilustram bem o que se passa no país e não nos deixam nada tranquilos.

Num final de tarde ameno, a poucas horas de desligar o computador e só voltar a ligá-lo no domingo, apetecia-me escrever alguma coisa simpática, mas é difícil. Nesta edição, temos dois temas que ilustram bem o que se passa no país e não nos deixam nada tranquilos.

Veja-se o escândalo da compra de 12 drones, por 4,5 milhões de euros, que iriam ajudar no combate aos incêndios. A 11 de maio, o ministro do Ambiente anunciou a intenção de comprar os aviões não tripulados, que estariam em Portugal a 1 de julho. A 18 de maio, o Conselho de Ministros deu luz verde ao projeto. A 3 de julho, dois dias depois de supostamente os drones estarem no ar, a Força Aérea anuncia a assinatura do contrato com a empresa que venceu o concurso, dando-lhe um mês para os entregar. A 17 de julho, o ministro da Defesa diz que dois drones vão estar operacionais a 21 de julho, e que dez dias depois mais quatro vão ajudar no combate aos incêndios. A 4 de agosto, os ministros da Defesa e do Ambiente participam numa ação de promoção do novo sistema de vigilância e assistem a um teste com um drone. A demonstração foi apenas isso, já que a Força Aérea dá a entender que os 12 drones comprados só devem chegar a 31 de agosto!

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